Os profissionais Rui Castro Pacheco, Bruno Pinhão e João Queiroz respetivamente do Banco Best, ActivoBank e da plataforma GoBulling do Banco Carregosa revelam sobre que ETFs recaíram as preferências dos investidores em julho.
Banco Carregosa
“No passado mês de julho teve início a “earnings season” relativamente ao 2.º trimestre tendo-se destacado o histórico acréscimo da exposição nas ações, sobretudo, nos EUA”, começa por explicar João Queiroz, Head of Online Banking, da plataforma GoBulling do Banco Carregosa. O profissional também conta que as perspetivas de continuidade das políticas acomodatícias pelos Bancos Centrais europeus e nos EUA, onde se esperavam pelo menos dois cortes das taxas de juros, “os investidores estimaram uma manutenção das avaliações já alcançadas apesar de mais difíceis de suplantar (após valorizações acumuladas num ano de +15% a +20% a probabilidade de aumentar outros +15% a +20% tendem a ser estatisticamente baixas ou residuais)”.
Julho culminou com algumas desvalorizações relevantes e “os maiores desinvestimentos foram em ETF’s globais (ex. iShares SP 500 EUR Hedged UCITS ETF ajustados do risco cambial), trackers de índices acionistas e os sectoriais da Europa (ex. Banca; Automóveis e componentes)”, revela João Queiroz. Esta tendência surgiu “em detrimento dos mais conservadores como os que seguem os fundamentais das empresas (os designados “aristocráticos” que possuem um track record de pagamentos de dividendos), dívida com notação de risco, sobretudo, as soberanas de médio prazo e os metais preciosos”.
O profissional revela que alguns ETF temáticos e de empresas que possuem baixas emissões de carbono “continuam a registar uma procura especifica de investidores que procuram fazer carteira com linhas de investimento de médio-longo prazo”. O especialista acrescenta ainda que o acréscimo de volatilidade pela aversão ao risco e a maior incerteza sobre a evolução das principais indefinições como a evolução do comércio estará a penalizar a capacidade dos Investidores absorverem mais risco.
Banco Best
Uma vez mais, os clientes do Banco Best mantiveram a tendência de investimentos em ETFs de ações europeias. Apesar dos investidores preferirem investir nas 600 maiores empresas europeias, com o iShares STOXX Europe 600 UCITS ETF, Rui Castro Pacheco, diretor adjunto do Banco Best, confessa que veem vemos também no top o iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF EUR (Dist), “que aposta na subida do índice das 50 maiores empresas do Euro, bem como o Xtrackers Euro Stoxx 50 Short Daily Swap UCITS ETF 1C, que aposta na queda do mesmo mercado”.
No Velho Continente, as apostas foram no setor financeiro com procura direta por seguradoras, com o iShares STOXX Europe 600 Insurance UCITS ETF (DE), e por banca, com o iShares EURO STOXX Banks 30-15 UCITS ETF (DE).
Os clientes do Banco Best também demonstraram interesse “nos mercados mais globais e generalistas com os iShares Core MSCI World UCITS ETF USD (Acc) EUR, iShares MSCI World EUR Hedged UCITS ETF (Acc) EUR e Vanguard Total Stock Market Index Fund ETF Shares”, revela o profissional.
Além disso, também se registou o investimento em empresas de tecnologia, com o Invesco DWA Technology Momentum ETF e pela commodity de refúgio, o ouro, com o iShares Gold Trust.
ActivoBank
Bruno Pinhão, gestor de Produto – Investimentos do ActivoBank, revela que julho foi um mês positivo para os mercados e os clientes de ETFs refletiram este momento nas suas escolhas.
“Todos os ETFs do ranking tiram partido da valorização, sendo que seis deste apresentam o fator de alavancagem a 3X, o que espelha bem a confiança na valorização, refere.
Relativamente aos sectores, a tecnologia, os serviços financeiros e a energia mereceram destaque em julho. “Metade das escolhas recaem sobre índices acionistas norte-americanos e europeus”, acrescenta o profissional.