ETF mais subscritos de fevereiro: índices de ações continuam a liderar a tabela

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Créditos: Siora Photography (Unsplash)

O início de 2023 tem sido marcado pelos receios de abrandamento da economia e de uma recessão. Veremos, desta forma, se este ambiente macroeconómico é ou não visível no Top 10 dos ETF mais subscritos dos Banco Best e do Banco Carregosa.

No que diz respeito aos ETF mais negociados no Banco Best, o Top 10 continua a ser dominado pelos índices de ações com oito presenças, sendo os dois restantes ETF sobre commodities

Começando pelas commodities, Rui Castro Pacheco registou negociação nos dois principais metais preciosos, o ouro, com o Xtrackers Physical Gold EUR Hedged ETC, e a prata, com o iShares Silver Trust.

Já nas ações o destaque vai para o mercado americano, com quatro presenças ligadas ao seu índice mais geral, o S&P 500. “Sobre este índice, a procura recaiu sobre os iShares S&P 500 EUR Hedged UCITS ETF (Acc) EUR, este com cobertura cambial para o euro, o SPDR® S&P 500 ETF Trust, o Vanguard S&P 500 UCITS ETF EUR e o iShares Core S&P 500 UCITS ETF USD (Acc) USD”, acrescenta o diretor de Investimentos.

Mas o mercado americano não é o único presente neste Top 10, uma vez que existem duas presenças mais globais, com o Vanguard Total Stock Market Index Fund ETF Shares e o iShares Core MSCI World UCITS ETF USD (Acc) EUR. 

Por último, Rui Castro Pacheco destaca o tema da defesa e aerospacial, com o Invesco Aerospace & Defense ETF, e as ações europeias, “com o Xtrackers Euro Stoxx 50 Short Daily Swap UCITS ETF 1C, neste caso numa versão curta, que aposta na quebra na cotação das empresas”, conclui.

Segundo João Queiroz, do Banco Carregosa, o mês de fevereiro revelou “algum abrandamento com desempenhos modestamente negativos nos EUA e positivos para a Europa após um excecional mês de janeiro”, mas que induziu em ajustes de carteiras perante um menos próximo cenário de desinflação. 

As estimativas continuam a ser de uma paragem do esforço de aumentos de juros pelos Bancos Centrais, “mas com a taxa terminal a situar-se nos EUA entre os 5.5% e 6.00% e BCE entre 3.5% e 4.0%”, acrescenta o head of trading. Por outro lado, a atividade económica e empresarial das economias mais ocidentais e da China não sugerem abrandamentos relevantes do crescimento económico.

Assim, este início de ano de 2023 está a ser, na opinião de João Queiroz, de robustos desempenhos para a Europa e com poucos sinais de que o ímpeto possa diluir. A inflação, a incerteza dos resultados ou a possível escalada do conflito militar na Europa não parecem ser um desincentivo à exposição ao risco.

“As subidas de juros na Europa aparentam ter um time lag (ou distância) de seis meses face aos EUA, o que poderá forçar o BCE a aumentar mais os juros”, afirma. Assim, as estratégias puramente baseadas em buy & hold podem não ser sustentáveis, pelo que os exemplos de carteira 60/40 podem ajudar a mitigar o impacto do hipotético aumento de volatilidade e eventuais correções generalizadas. “As estratégias 60%/40% neste ano, já funcionaram com retornos positivos, mas em fevereiro a exposição unicamente a depósitos a prazo e títulos de dívida de curto prazo já superaram esses retornos e o das ações norte-americanas”, conclui João Queiroz.

ETF mais subscritos em fevereiro

Banco BestBanco Carregosa
iShares S&P 500 EUR Hedged UCITS ETF (Acc) EURiShares MSCI World EUR Hedged
SPDR® S&P 500 ETF TrustiShares Automation & Robotics
Vanguard Total Stock Market Index Fund ETF SharesiShares Gold Producers UCITS
iShares Silver TrustSource EURO STOXX Optimised Ba
Vanguard S&P 500 UCITS ETF EURISHARES MSCI WORLD UCITS ETF
iShares Core MSCI World UCITS ETF USD (Acc) EURSPDR S&P500 ETF Trust
Xtrackers Physical Gold EUR Hedged ETCiShares Core S&P 500 UCITS
Invesco Aerospace & Defense ETFProShares Bitcoin Strategy
Xtrackers Euro Stoxx 50 Short Daily Swap UCITS ETF 1CVanguard Short-Term Treasury
iShares Core S&P 500 UCITS ETF USD (Acc) USDSource S&P 500 EUR Hedged
Fonte: Informação fornecida pelas entidades