ETF mais subscritos de fevereiro: tendências do mês passado continuam

O segundo mês do ano ficou marcado pela diversidade apresentada pela lista de ETF mais subscritos, tanto do lado dos investidores do Banco Best, como do lado dos investidores do Banco Carregosa.

Começando pelo Top 10 verificado no Banco Best, a preferência parece ter recaído em "ETF que seguem índices de ações”, revelam da área de Investimentos.

Como habitual, encontramos o iShares Core MSCI World UCITS ETF como escolha genérica sobre índices globais. Porém, também encontramos “procura pelo mercado acionista de Espanha, com o Amundi ETF MSCI Spain UCITS ETF, e pela Europa como um todo, mas com preocupações de sustentabilidade, com o iShares MSCI Europe SRI UCITS ETF”, especificam.

Já sobre os EUA, as escolham recaem sobre os índices mais generalistas (iShares Core S&P 500 UCITS ETF e iShares Core S&P 500 ETF), mas também sobre índices que seguem empresas de média capitalização (iShares Russell Top 200 Growth ETF e Invesco Russell 2000 UCITS ETF). Destacam da área de Investimentos que, “ainda dentro desta geografia, encontra-se o tema da exploração e produção de petróleo com o SPDR® S&P Oil & Gas Exploration & Production ETF”.

Mas foram as commodities que ganharam, novamente, espaço neste mês de fevereiro. As escolhas recaíram sobre o tema energético, mais propriamente do gás natural, através do United States Natural Gas Fund, e também por petróleo, através do United States Oil Fund.

Numa altura em que, tal como diz João Queiroz, head of online banking do Banco Carregosa, “as alocações dos investidores de curto-médio prazo privilegiaram mais as mineiras e extrativas, agrícolas, e os recursos naturais enquanto as carteiras seculares ainda selecionaram mais as tecnológicas”, produtos que seguem o preço da prata, como o iShares Silver Trust, ou com exposição ao ouro, como o iShares Gold Producers UCITS ETF e o WisdomTree Gold Bullion Securities, foram procurados por parte dos investidores da entidade.

Mas, além destes, os investidores também escolheram ETF de obrigações. Tal como podemos ver no Top 10 abaixo, o iShares USD Treasury Bond 1-3y e o iShares 1-3 Year Treasury Bond ETF fazem parte do Top 10.

De facto, já no mês de janeiro tínhamos observado procura por obrigações, assim como por commodities. No entanto, são os ETF de ações que continuam em maioria.

Prospetivamente, comenta o profissional do Banco Carregosa, "a média dos investidores para os próximos meses parece ter maior preferência por uma exposição que reflita a elevada aversão ao risco". Esse sentimento, segundo João Queiroz, "está cristalizado nos elevados valores do VIX, inicio da subida dos juros com simultânea retirada de liquidez, preços das mercadorias acima da média deste século, inflação elevada com múltiplos vetores de suporte, revisão em baixa dos ritmos de crescimento económico e dos ganhos por ação, e novas variantes de COVID-19".

ETF mais subscritos de fevereiro de 2022