O mês de março foi marcado pela crise provocada pela queda do Silicon Valley Bank e do Signature Bank. Veremos se estes acontecimentos tiveram, ou não, impacto nos ETF mais subscritos de março do Banco Best e do Banco Carregosa.
Registe-se em FundsPeople, a comunidade de mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão de ativos e património. Desfrute de todos os nossos serviços exclusivos: newsletter matinal, alertas com notícias de última hora, biblioteca de revistas, especiais e livros.
Para aceder a este conteúdo
O mês de março foi marcado pela crise provocada pela queda do Silicon Valley Bank e do Signature Bank. Foi, desta forma, um mês conturbado. Veremos se estes acontecimentos tiveram, ou não, impacto nos ETF mais subscritos de março do Banco Best e do Banco Carregosa.
Rui Castro Pacheco, do Banco Best, realça, em primeiro lugar, o facto de terem desaparecido as apostas em commodities e de apenas existir no Top 10 índices de ações. “A procura foi bastante concentrada em índices bastante conhecidos e generalistas. As duas exceções são as temáticas das empresas do setor do ouro e as empresas que distribuem dividendos altos”, continua o diretor de Investimentos.
Nos índices mais generalistas destacam-se o MSCI World, que teve procura pela versão clássica, o iShares Core MSCI World UCITS ETF USD (Acc) EUR, e também uma versão ESG ou SRI, o iShares MSCI World SRI UCITS ETF EUR (Acc). Depois destes índices globais, é possível verificar procura pela Europa, com o iShares Core MSCI Europe ETF e o iShares STOXX Global Select Dividend 100 UCITS ETF (DE).
Em conclusão, Rui Castro Pacheco afirma que “o índice mais procurado, com quatro versões, foi o americano S&P 500. Os quatro ETF escolhidos foram o Vanguard S&P 500 ETF, o iShares Core S&P 500 UCITS ETF USD (Acc) USD, o iShares S&P 500 EUR Hedged UCITS ETF (Acc) EUR, com cobertura para o EUR, e o Vanguard S&P 500 UCITS ETF USD Accumulation EUR”.
Já João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa, começa por afirmar que “o mês de março foi positivo, embora com elevada volatilidade”. Com os acontecimentos do mês de março acima mencionados, as dívidas soberanas e os metais preciosos encontraram terreno para se fortalecerem como instrumentos que oferecem um porto de abrigo e que permitiram baixar a correlação com as perdas do mercado.
Neste mês de março e no acumulado deste ano, o índice tecnológico NASDAQ100 foi o que apresentou melhor desempenho com o maior foco no AI, “com os desenvolvimentos que durante este ano têm registado maiores crescimentos de assistentes virtuais como o ChatGPT, Computer Vision Technologies, sistemas autónomos & robótica, modelos de aprendizagem automática e Predictive Analytics. As indústrias de semicondutores e da Cloud obtiveram interessantes retornos e recuperações durante o primeiro trimestre deste ano”, acrescentou o head of trading.
Já o tema da inflação parece estar sob maior controlo, “mas ainda com as Autoridades Monetárias, como BCE e a Fed, a continuarem a referir a necessidade de continuar a ajustar os juros em alta”, afirma João Queiroz. Por sua vez, as mercadorias têm apresentado valores de correção perante a possibilidade de o ritmo de crescimento económico poder estagnar ou mesmo contrair numa suave aterragem.
A China parece prosseguir com políticas de estabilização e dinamização do crescimento interno. No entanto, os seus principais parceiros, como os EUA e a Europa, não apresentam perspetivas de maior crescimento para este ano de 2023 ou ainda de 2024, “uma vez que ambos devem observar um abrandamento na concessão de crédito e financiamento, a que se irá adicionar a redução da oferta monetária quando tiverem de descontinuar os programas de compras sistemáticas líquidas de ativos como obrigações”, acrescenta.
Por fim, o head of trading afirma que “prospetivamente, o posicionamento dos investidores aparenta ser defensivo e cauteloso, registando maiores fluxos de investimento em empresas de maior qualidade e forte geração de fluxos de caixa, procurando sinais de estabilidade no setor bancário e financeiro, perante normalização da volatilidade. As contas que recorrem a alavancagem continuam a reduzir risco e a aumentar a diversificação, posicionando-se mais em instrumentos de dívida”.
ETF mais subscritos em março
Banco Best | Banco Carregosa |
SPDR® Gold Shares | Lyxor EuroMTS Highest Rated Macro-Weighted Govt Bond 1-3 Yr UCITS |
iShares Core MSCI Europe ETF | iShares € Government Bond 1-3 Yr UCITS |
iShares Core MSCI Europe UCITS ETF EUR (Acc) | Lyxor UCITS ETF SG European Quality Income |
iShares STOXX Global Select Dividend 100 UCITS ETF (DE) | PIMCO US Dollar Short Maturity |
Vanguard S&P 500 ETF | iShares Gold Producers UCITS ETF |
iShares MSCI World SRI UCITS ETF EUR (Acc) | iShares STOXX Europe 600 |
iShares Core MSCI World UCITS ETF USD (Acc) EUR | iShares Automation & Robotics |
iShares Core S&P 500 UCITS ETF USD (Acc) USD | Vanguard S&P 500 UCITS ETF |
iShares S&P 500 EUR Hedged UCITS ETF (Acc) EUR | Invesco QQQ Trust |
Vanguard S&P 500 UCITS ETF USD Accumulation EUR | iShares MSCI World EUR Hedged UCITS ETF |