ETF mais subscritos de setembro: índices de ações globais e generalistas no topo

Terminado o mês de setembro, chegou a altura de ver quais foram os ETF mais subscritos do Banco Carregosa e do Banco Best. Será que a preferência por ações do mês de agosto se manteve no mês de setembro?

Neste passado mês de setembro, foi possível verificar mais uma correção dos ativos de risco, com os principais índices a acumularem perdas superiores às de agosto. “Os mercados acionistas mantiveram uma fase corretiva e de consolidação dos ganhos acumulados neste ano de 2023, com alguns dos fundos cotados em bolsa, com exposição a dívida de curto-prazo dos EUA, a constituírem um porto-de-abrigo”, afirma João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa. 

O S&P 500 testou mínimos de três meses com a quebra da média móvel exponencial de 200 dias a 4250-55 pontos e a quebra do mínimo de junho passado, “ativando o atual padrão de head & shoulders e evidenciando que afinal os consumidores parecem mais sensíveis aos juros”, acrescenta o profissional.

Já as yields mantiveram-se elevadas e próximas de máximos de 2008 nos EUA e de 2011 na Europa. E as empresas cíclicas e de crescimento como as megacapitalizações do NASDAQ100 registam perdas relevantes, “embora por vezes a sua forte capacidade de geração de free-cash-flow lhes tenha fornecido alguma capacidade defensiva e de valor”, explica.

Em setembro, o BCE subiu novamente as taxas de juro e a reação dos mercados após a decisão da Fed (posicionamento hawkish com narrativa de taxas elevadas por mais tempo e necessidade de aterragem suave com maior desemprego) sinalizou uma “maior aversão ao risco que se propagou para outubro, prevalência de menor liquidez, exposição a instrumentos de dívida de muito curto-prazo e neutralidade nas ações, exceto ainda as de valor e cíclicas”. A menor oferta monetária, contração do crédito bancário e a alienação de ativos pelos bancos centrais teve agora maior impacto. 

Do lado do Banco Best, mantém-se a preferência pelos índices de ações. No entanto, no mês passado houve mais um índice de obrigações a figurar o Top 10. Desta forma, “a preferência foi para um índice sobre obrigações ligadas à inflação na Europa, o iShares € Inflation Linked Govt Bond UCITS ETF, e para um índice de obrigações de empresas europeias com um rating mais fraco, o Xtrackers II EUR High Yield Corporate Bond UCITS ETF”, afirma Rui Castro Pacheco, diretor de Investimentos da entidade.

Nos índices sobre ações, mantém-se também a preferência pelo iShares Core MSCI World UCITS ETF, um índice global e generalista. “De forma mais temática, encontramos o iShares Edge MSCI World Value Factor UCITS ETF, que opta por empresas que se enquadram no estilo de seleção value, e o Xtrackers Artificial Intelligence & Big Data UCITS ETF, que opta por empresas do setor tecnológico”, acrescenta o profissional. 

Do ponto de vista regional, é possível verificar a presença dos EUA ( iShares Core S&P 500 UCITS ETF), da Turquia (iShares MSCI Turkey UCITS ETF), do Japão (iShares Core MSCI Japan IMI UCITS ETF), do Reino Unido (UBS (Irl) ETF plc - MSCI United Kingdom IMI Socially Responsible UCITS ETF) e da Europa (iShares EURO STOXX Mid UCITS ETF).

ETF mais subscritos do mês de setembro