Os profissionais do Banco Carregosa, Banco Best e ActivoBank contam quais foram as opções dos investidores e quais os motivos que os moveram.
Quais terão sido as escolhas dos investidores no que concerne os ETF no último mês de 2019? Em que setores e geografias terão apostado? Os profissionais do Banco Carregosa, Banco Best e ActivoBank explicam tudo.
Começando pelo Banco Carregosa, João Queiroz, head of Online Banking da plataforma GoBulling do Banco Carregosa, explica que “o mês de dezembro deverá ter representado o melhor desde 2010, de que é exemplo o S&P500 que variou +2.86%, e no acumulado do ano traduziu uma valorização de +28.88%. Temos quatro empresas com avaliações próximas de 1.0 milhão de milhões de dólares com a Apple, Microsoft, Google e Amazon”.
O especialista conta que os investidores através do investimento em ETFs continuam a procurar capitalizar as suas carteiras recorrendo a estratégias passivas de exposição a trackers e a índices de ações e dos sectores mais cíclicos, bem como mediante a exposição ao aumento da volatilidade das matérias-primas em que o Gás Natural registou uma quebra dos sucessivos suportes quando os metais preciosos e de base industrial registaram algumas virtuosas valorizações.
O profissional explica que “os aforradores permanecem em busca de “yield” quando as taxas não parecem indiciar subidas nem os Bancos Centrais aparentam sugerir alterações das atuais políticas monetárias acomodatícias, estimulando o investimento em ações e em ETFs, sobretudo na Europa e em mercados emergentes”.
Rui Castro Pacheco, diretor-adjunto do Banco Best, começa por explicar que em dezembro, mantiveram-se no top nove ETFs que já tinham marcado presença no mês anterior. “Os índices de ações dominam as preferências dos nossos clientes este mês. Assim, contamos com apenas uma presença no top que não esteja ligada às ações e é neste caso uma commodity, o Gás Natural nos EUA, com o ETF United States Natural Gas”, conta.
No mês de novembro, na entidade, já tinham tido alguma preponderância do índice global de ações. Em dezembro “temos dois ETFs a procurar acompanhar o desempenho das ações de forma genérica, o iShares MSCI World EUR Hedged UCITS ETF (Acc) EUR e o Vanguard FTSE All-World UCITS ETF EUR”, revela o profissional.
Nas geografias, no Banco Best registou procura pela Europa, com o Lyxor Euro Stoxx 50 (DR) UCITS ETF Dist, e por Estados Unidos, com os Invesco S&P 500® Equal Weight ETF e iShares S&P 500 EUR Hedged UCITS ETF (Acc) EUR, este último com cobertura cambial para o EUR.
Nos setores, o profissional explica que têm “dois ETFs um pouco mais ligados à sustentabilidade energética, os Global X Lithium & Battery Tech ETF e First Trust NASDAQ® Clean Edge® Green Energy Index Fund, um ETF sobre pequenas capitalizações americanas, o Xtrackers Russell 2000 UCITS ETF 1C e outro também sobre empresas americanas mas mais ligado a tecnologias, o ComStage Nasdaq-100® UCITS ETF EUR.”
No que concerne os clientes do Activo Bank, Bruno Pinhão, gestor de produto - investimentos, explica que a negociação de ETFs em dezembro revelou posicionamentos diferenciados dos investidores, com intuito de obter valorizações, dando a entender que foram adotadas estratégias de curto prazo. A maioria dos ETFs transacionados em dezembro, tira partido da valorização e apenas quatro têm a característica de alavancagem a 3X.
Nas palavras do gestor, “os setores mais negociados foram a tecnologia, Índices Norte Americanos, emergentes, Brasil e petróleo. Este último devido à subida dos preços da commodity, sustentada pelo abrandamento dos receios em torno do arrefecimento económico mundial, mas também pelos cortes de produção acordados pela OPEP”.