As apostas dos investidores do ActivoBank, Banco Best e Banco Carregosa passaram maioritariamente por ETF de ações.
“A Europa continuou a apresentar dados macroeconómicos que evidenciavam um forte abrandamento da 4.ª economia mundial e 1.ª da Europa, enquanto França e Itália reforçavam os cenários de estagnação embora com melhores desempenhos das respetivas bolsas”, começa por explicar João Queiroz, diretor da banca online do Banco Carregosa.
O profissional revela que no atual contexto de acrescida volatilidade e de expectativa de que as taxas de juros se mantenham em valores baixos durante os próximos trimestres, “os investidores parecem ter procurado equilibrar as suas carteiras de ações contemplando “reverse / short” ETF’s (procurando estabilizar os valores de carteira com capitalização nas desvalorizações dos índices acionistas), instrumentos de taxa fixa e metais preciosos como ouro”. João Queiroz revela também que houve “uma diferenciação entre as economias que mais poderiam ser prejudicadas por menor fluidez do comércio internacional, das que possuem maior flexibilidade e margem para implementar políticas orçamentais expansionistas (França?)”.
Apesar do mês de outubro ter sido positivo para os mercados acionistas, com alguns índices norte americanos a baterem recordes, “os clientes investidores de ETFs do ActivoBank deram preferência a dois ETFs inversos do S&P500 e do Russel 2000, justificados pela tentativa de impeachment a Donald Trump”, conta Bruno Pinhão, gestor de Produto –Investimentos, da entidade.
Nas palavras do gestor, como ambos os índices se superaram e alcançaram máximos históricos, as posições tomadas terão sido de curto prazo, de modo a tirar benefícios. “Prova disso é a presença de ETF alavancado a 3X sobre a valorização do S&P500 o que demonstra rápido ajuste de estratégia e leitura de mercado por parte dos clientes”, explica. Bruno Pinhão revela ainda que entre as escolhas estão ainda ETFs alavancados a 3X sobre tecnologia, mercados emergentes e Rússia.
No universo de investimento em ETF do Banco Best, os clientes da entidade optaram pelo índice global de ações MSCI, com duas variáveis, a versão de base USD com o iShares Core MSCI World UCITS ETF USD (Acc) EUR e a versão com cobertura cambial com o iShares MSCI World EUR Hedged UCITS ETF (Acc) EUR. “Ainda numa vertente global, vemos também procura por empresas com melhores dividendos, com o iShares STOXX Global Select Dividend 100 UCITS ETF (DE)”, conta Rui Castro Pacheco, diretor adjunto do Banco Best.
Em termos geográficos, as preferências focaram-se nas ações europeias “com o iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF EUR (Dist) a procurar seguir as 50 maiores empresas do EUR, e por mercados emergentes, com o iShares MSCI EM UCITS ETF USD (Acc) EUR”, conta o profissional. Sectorialmente, as escolhas passaram pelos mercados europeus com a procura por empresas de utilities. Quanto aos recursos naturais há dois que se destacaram: o gás natural e o ouro.