Numa linha de pensamento um pouco diferente, a responsável de vendas da Generali Investments diz estarem positivos em obrigações governamentais europeias. Contudo, em termos de duração, a postura é mais cautelosa. “Em termos de duração pode dizer-se que estamos mais expectantes e à espera do que vai acontecer”, contextualiza Almudena Mendaza.
No entanto, consegue ver e apontar tendências do lado dos clientes, nomeadamente um movimento “de durações muito curtas em obrigações governamentais europeias, para se começarem a posicionar para acomodarem mais duração”. Em obrigações governamentais, por exemplo, observa o espetro de cinco anos a ser favorecido. “É algo muito interessante, porque se olharmos para os fluxos na curva, vemos os clientes a movimentarem-se diretamente de uma posição de 0 anos para cinco. Não se vê muitos investidores a alocarem risco na curva a 1, 2 ou 3 anos, por exemplo”, explica. É precisamente neste contexto que recebe “muitos pedidos” de investidores que querem saber se devem investir em obrigações governamentais neste momento, mas, também, “se devem ou não mudar de governos europeus para treasuries”.
Do lado da casa gestora, além do referido positivismo em obrigações governamentais europeias, estão confiantes em investment grade também. Com um eventual sell off a aparecer (ou não), atualmente esperam algumas “grandes dispersões” no mercado, nomeadamente entre high yield e IG, mas também entre setores e países. “Estamos a tentar perceber os sinais do mercado, para tirar partido destas ineficiências, porque vamos viver um momento muito positivo para o fixed income, mas sendo sempre muito seletivos”, apontou.
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