Evento eleitoral nos EUA puxou pelos fundos de investimento nacionais no mês passado

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Dmolsen, Flickr, Creative Commons

Contra todas as sondagens e grande parte das expetativas, Donald Trump foi eleito o próximo presidente dos EUA, nas eleições realizadas no dia 8 de novembro. O evento - com resultado inesperado - trouxe alguma volatilidade aos mercados financeiros, tendo "ajudado" os fundos nacionais a subirem as suas rendibilidades no decorrer do mês passado. Esta é a grande conclusão dos dados disponibillizados pela Morningstar, através da sua plataforma online, com a fotografia 'tirada' dos fundos de investimento nacionais no decorrer de novembro.

De acordo com a empresa de análise de dados, o mercado de fundos de investimento nacionais registou uma rendibilidade média praticamente nula. Ainda assim, muitos fundos destacaram-se pela positiva, em especial aqueles que investem no mercado norte-americano. Segundo a Morningstar, o fundo que mais valorizou durante o mês de novembro foi o Santander Acções América, que é da responsabilidade da Santander Asset Management. A sua rendibilidade foi de 9,23% e tinha, no final de outubro, quase 35 milhões de euros. Em termos de maiores cotadas em carteira, nessa mesma data, as posições cimeiras eram ocupadas pela Goldman Sachs, Boeing, e 3M.

Com ganhos de 8,62% surge o BPI América D. Gerido pela BPI Gestão de Activos, este fundo permite aos investidores obter exposição ao dinamismo das empresas negociadas nas bolsas norte-americanas, com exposição ao dólar - isto é, a rentabilidade do fundo é afectada positiva ou negativamente pela evolução do dólar face ao euro. Com mais de 18 milhões de euros em património, o fundo investe mais de 27% da sua carteira no sector da tecnologia, sendo seguido do consumo não-cíclico e ainda do financeiro.

Caminho continua pela 'Route 66'

Os fundos que se seguem na lista investem, igualmente, no mercado norte-americano. Com uma valorização de 8,42% vem o Caixagest Acções EUA, da Caixagest seguido do NB Ações América que está sob alçada da GNB Gestão de Ativos, com uma rendibilidade de 6,95%. O fundo BPI América E - que investe em acções cotadas em dólares com protecção cambial - surge logo depois com ganhos de 5,44% com o IMGA Acções América, da IM Gestão de Ativos - a fechar esta lote com ganhos superiores a 5%.

Fundos de ações dominam

Os fundos de ações continuam a dominar a lista, mesmo sem o seu foco ser exclusivamente no mercado norte-americano. Fundos como o NB Momentum, o Caixagest Acções Oriente ou o IMGA Eurofinanceiras surgem na lista dos mais rentáveis com ganhos acima de 4%, no decorrer do mês passado. Já o BPI Reestruturações e ainda o IMGA Global Equities Selection destacam-se por apresentarem rendibilidades superiores a 3,5%.

Há um consistente na lista dos vinte mais rentáveis

Na lista dos vinte produtos mais rentáveis do mês de novembro, há dois produtos que ostentam selos Funds People. Um deles é o Caixagest Ações Líderes Globais - que ostenta o selo de Blockbuster - e o outro é o Caixagest Infraestruturas que está marcado com dois selos: o de Consistente e ainda o de Blockbuster. Relativamente a este último produto, a gestora Cristina Brizido referiu à Funds People que se trata de uma estratégia de investimento cujo objetivo principal passa por “proporcionar aos participantes o acesso a uma carteira diversificada de ativos expostos ao sector de infraestruturas, ou seja ativos cujo património reflita a evolução do sector das infraestruturas europeu e internacional”.

Os vinte fundos mais rentáveis de novembro

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Fonte: Morningstar no final de novembro.