O gigante da América Latina parece que não está destinado a levantar a cabeça em 2014, continuando o mesmo caminho do ano passado. Em 2013 o mercado brasileiro de ações caiu cerca de 15,5%, o que tornou o Brasil num dos mercados latino-americanos com o pior desempenho. A maioria dos gestores dos fundos mútuos no Chile esperam que a bolsa brasileira registe uma rendibilidade nula ou negativa em 2014.
33% dos entrevistados esperam que as ações brasileiras registem um rendimento nulo em 2014, enquanto 44% esperam que haja uma queda entre 5% e 19%. Do lado dos mais optimistas estão 22% dos gestores chilenos que acreditam que o Brasil consiga dar aos seus investidores um retorno positivo entre 5% e 9%.
Este grau de pessimismo está em linha com alguns especialistas internacionais. Num dos estudos mais recentes a Moody’s afirma que o Brasil precisa de reverter a suas tendências económicas, já que a baixa produtividade, o investimento e a confiança estão a tornar os fundamentais mais fracos no Brasil. Espera-se, também, que estas mudanças não ocorram de forma muito rápida.
De facto o país acaba de dar um outro sinal de debilidade: a autoridade monetária brasileira afirmou que no final de 2013 o país registou o primeiro défice cambial dos últimos cinco anos. O resultado negativo de 983 milhões de dólares foi registado em 2008, após o inicio da crise financeira internacional.
Para o inquérito realizado pela Funds People Latam, participaram nove gestoras que representam cerca de 55% de toda a indústria. As novas gestoras foram: (Santander Asset Management, Itaú AGF, BICE Inversiones, Bci Asset Management, LarrainVial, Scotia AGF Chile, Principal, Zurich e Penta)