Em 2024, o fundo multiativos cauteloso nacional mais rentável foi o GNB Estratégia Ativa ESG, da GNB GA, tendo alcançado um retorno de 10,64%. A gestora do fundo conta quais foram os movimentos e as apostas do fundo no ano passado.
Em 2024, o fundo multiativos cauteloso nacional mais rentável foi o GNB Estratégia Ativa ESG, um produto sob a alçada da GNB Gestão de Ativos. O fundo conseguiu alcançar um retorno de 10,64%, arrebatando assim o primeiro lugar do pódio da sua categoria. A gestora do fundo, Fátima Só, conta quais foram os movimentos e as apostas do fundo no ano passado.
1. Quais as principais características diferenciadoras do fundo que o levaram a ser o mais rentável na sua categoria?
O fundo GNB Estratégia Ativa ESG beneficiou de uma maior exposição a ações, quase sempre acima dos 60% do património, com preferência por ações americanas. Foi igualmente favorável a exposição a dívida corporate.
2. Que fatores e estratégias de investimento foram determinantes para a rentabilidade do último ano?
Na componente de ações, foi muito positivo o contributo do investimento em ações do setor tecnológico nos EUA, a exposição a empresas de comunicações e entretenimento, empresas de consumo expostas ao setor do turismo, e ainda empresas expostas ao tema da eficiência energética em edifícios. Na componente de obrigações, o fundo beneficiou de uma estratégia diversificada entre governos e empresas, com maior peso na componente empresarial e exclusivamente em obrigações com indicador ESG. O ano de 2024 foi bastante positivo para o mercado de obrigações, com os spreads de crédito a estreitarem consideravelmente, e mantendo uma estratégia de sobre-exposição ao setor financeiro que superou claramente os restantes setores. De destacar ainda o investimento em dívida subordinada e high yield, que apesar da reduzida exposição teve uma performance bastante positiva.
3. Houve algum evento ou decisão específica ao longo do ano que tenha tido um impacto mais significativo no desempenho?
Manter uma alocação estável entre ações e obrigações de dívida corporate foi fundamental em 2024, de modo a assegurar o foco nos investimentos de médio /longo prazo.
4. Concretamente, de que forma é que o contexto macroeconómico e o comportamento dos mercados influenciaram as decisões e, consequentemente, a performance do fundo?
A evolução da política monetária nos EUA e na Europa foi fundamental para o comportamento das taxas de juro, mas com volatilidade ao longo do ano. Deste modo, foi possível privilegiar o investimento em ações sobretudo nos EUA, onde existe uma maior visibilidade quanto ao crescimento, e também em dívida corporate com duração média de 5 anos.
5. Que mudanças ou ajustes estratégicos estão previstos para manter ou melhorar o nível de rentabilidade?
As mudanças no portefólio de ações serão sempre ajustadas a uma abordagem temática e com uma visão de investimento de longo prazo, mas em termos geográficos poderá fazer sentido reforçar o investimento em ações europeias devido ao potencial de surpresa face às baixas expetativas de crescimento para o continente europeu. No portefólio de obrigações, será sempre preferencial o investimento em dívida com características Green, Social ou Sustainable.