Filipe Silva (Banco Carregosa): “Apesar da subida da taxa, são níveis baixos face ao histórico da dívida portuguesa”

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Kris Sage, Flickr, Creative Commons

Na manhã desta quarta-feira, dia 14 de setembro, o Estado  português foi ao mercado através de dois leilões onde conseguiu arrecadar 750 milhões de euros, através de duas linhas de dívida a longo prazo: uma a sete e outra a 21 anos.

No prazo mais curto, Portugal colocou 500 milhões de euros que vencem em outubro de 2023, a uma taxa de 2,817%. Já a procura superou a oferta em 1,86 vezes. Já no prazo mais longo, com maturidade em abril de 2037, foram colocados 250 milhões de euros com a taxa de juro a fixar-se em 4,04% e a procura a superar a oferta em 2,63 vezes.

“Nos últimos dias, toda a dívida europeia viu os prémios de risco a aumentar. A dívida portuguesa seguiu essa tendência e, como a economia nacional se encontra numa posição mais frágil, o risco agrava-se mais”, refere Filipe Silva, diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa

O responsável da entidade afirma, também, que “na dívida a 7 anos, a taxa saiu em linha com o que estava ser feito no mercado mas não temos uma emissão recente que possa servir de comparação". Acrescenta que "na dívida a 21 anos, a taxa subiu face aos 3,77% conseguidos em junho, numa operação que envolveu dívida com o mesmo prazo. A procura foi boa e o facto de termos emitido um montante no limite mínimo desejado, quando costuma ser junto ao máximo pode dizer apenas que o IGCP não quis colocar mais dívida.  Apesar da subida da taxa, são níveis baixos face ao histórico da dívida portuguesa.”