O ano de 2013 começou com um recorde nas entradas de capital mensais de 45,7 mil milhões de euros em fundos de longo prazo. Todas as classes de activos tiveram subscrições em Janeiro, liderando com entradas de capital especialmente fortes os fundos de acções, depois das obrigações, e por último os fundos mistos. Os investidores também subscreveram de forma substancial fundos alternativos e obrigações convertíveis.
Javier Sáenz de Cenzano (na foto), director de análise de fundos da Morningstar comenta que "as subidas nas diferentes bolsas, um decréscimo continuado da volatilidade e um mercado de obrigações tranquilo animaram os investidores europeus de fundos. A entrada de capital que vimos em Janeiro não tem precedente num período mensal, o que pode estar motivado por um sentimento feral de que a crise da Zona Euro está a diminuir".
Isto traduziu-se num aumento do desejo de compra de activos de risco, "uma tendência que tem vindo a afirmar-se desde Setembro de 2012", acrescentou Javier Cenzano.
A categoria Morningstar acções globais emergentes conseguiu as maiores entradas de capital em Janeiro, recebendo mais de 4,4 mil milhões de euros; a categoria acções Ásia Pacifico excluindo Japão e a de acções China receberam 1,6 mil milhões de euros e mil milhões de euros, respectivamente.
A categoria de obrigações (outras), que inclui os fundos flexíveis, de 'high yield' e maturidade específica, receberam 3,5 mil milhões de euros por parte dos investidores, sendo assim a segunda categoria mais popular durante o mês.
As três categorias mais impopulares da Morningstar durante o mês de Janeiro foram acções Reino Unido capitalização 'blend', acções Reino Unido alto dividendo e obrigações de dívida corporativa denominada em libra esterlina. Isto foi motivado, de acordo com o director de análise de fundos da Morningstar, pelos dados económicos negativos para a economia britânica.
O fundo Templeton Global Return conseguiu as maiores subscrições entre os fundos individuais, durante o mês, com um total de mil milhões de euros.
O gestor responsável pela categoria obrigações da PIMCO continuou no topo da tabela com entradas de dinheiro por gestora, alcançando 4,2 mil milhões de euros.
Os dados da Morningstar sobre os fluxos da indústria de fundos começaram em 2007.