Fornecedores de ETF oferecem produtos de igualdade de género

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Singing With Light, Flickr, Criative Commons

Num estudo publicado recentemente, o diretor de investimentos da UBS Wealth Management analisou diversas métricas de rentabilidade das empresas no índice FTSE Developed World e chegou à conclusão que as empresas que contam com, pelo menos, 20% de mulheres nos seus conselhos de administração e nos postos de direção (acima das médias reportadas de 17% e 11% dos índice) obtiveram melhores resultados que os seus homólogos com uma pior política de diversidade de género. O mesmo se aplica às empresas que têm mais de 30% de mulheres em todas as suas posições de direção (acima da média de 25%) e que têm um conjunto entre 40%-60% de mulheres na sua equipa (a média situa-se nos 36%).

As gestoras de fundos começaram a dar-se conta disto e viram uma oportunidade para oferecer aos seus clientes produtos que, por uma parte, estejam em linha com o investimento com critérios de responsabilidade social e, por outro lado, sejam capazes de gerar uma rentabilidade potencialmente superior. Isto fez com que algumas entidades tenham começado a comercializar produtos de igualdade de género, principalmente de gestão passiva. A última a dar esse passo foi a UBS AM, com o lançamento do UBS (lrl) ETF plc – Global Gender Equality UCITS ETF, fundo cotado que investe no índice Solactive Equileap Global Gender Equality 100 Leaders index, composto por 100 empresas globais líderes nos seus respetivos setores e com um sólido track-record no que respeita à diversidade de género e sustentabilidade, estando cada valor limitado a um peso de 3% dos ativos do fundo.

Para fazer parte deste índice, as entidades foram selecionadas com base em 19 critérios de diversidade, entre eles a igualdade nas remunerações e conciliação entre vida pessoal e laboral, transparência e responsabilidade, igualdade de género e políticas de sustentabilidade. Graças à aplicação desses critérios, o índice oferece uma melhor pontuação a nível geral sobre a igualdade de género do que outros índices globais centrados neste tema, ao mesmo tempo que proporciona uma rentabilidade ajustada ao risco estável. Este ETF é fruto da colaboração entre a UBS AM e a UBS Wealth Management e faz parte do compromisso da UBS com o investimento sustentável e de impacto.

A UBS dedica 5% das comissões de gestão relacionadas com o ETF a projetos filantrópicos que apoiem o Objetivo 5 de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (igualdade de género) através da UBS Optimus Foundation. O ETF também contribui para a Equileap, uma empresa social comprometida com a aceleração do progresso até à igualdade de género no terreno laboral, mediante o poder dos investimentos, o conhecimento e as doações. A este produto acrescenta-se os lançados por outras entidades como a Lyxor, que em novembro criou o Lyxor Global Gender Equality (DR) UCITS, o primeiro ETF sobre igualdade de género na Europa; a State Street, que comercializa nos Estados Unidos o SPDR SSGA Gender Diversity Index ETF, o produto deste tipo com mais património (algo mais de 300 milhões de dólares) e também o mais antigo (foi lançado em 2016).