Os dados são contundentes. Dois em cada três euros captados pelo sector na primeira metade do ano repartem-se entre 15 gestoras. 80% das entradas líquidas foram absorvidas por 25 gestoras.
A indústria de fundos europeia registou na primeira metade do ano captações líquidas de 215.000 milhões de euros, segundo os dados da Broadridge, provedor de comunicação financeira e soluções tecnológicas aplicadas à gestão de ativos, que acaba de comprar os serviços FundFile e SalesWatch à Thomson Reuters Lipper. Desse volume, 30% entrou em 25 fundos, o que mostra uma importante tendência de concentração (ver o ranking dos produtos). No entanto, fazendo a mesma análise por entidades, é claramente notória uma tendência para uma concentração ainda maior. Isso fica evidente pelo facto de que, dos 215.000 milhões captados pela indústria de fundos europeia entre janeiro e junho, 80% (172.660 milhões), foram absorvidos por 25 gestoras. Ou seja, oito em cada dez euros captados pelo sector foram parar às 25 empresas que mais entradas líquidas receberam neste período.
A entidade que mais dinheiro viu entrar nos seus produtos na primeira metade do ano é a BlackRock. Somando o volume captado pela empresa na Europa, tanto em ETF como em fundos de gestão ativa, a soma está próxima dos 24.500 milhões de euros. Seguem-se a Intesa San Paolo (17.700 milhões), a UBS Global AM (12.450), o Deutsche Asset & Wealth Management (10.810 milhões) e State Street (10.200). Estas cinco entidades "recolhem" 35% das vendas líquidas registadas pela indústria entre janeiro e junho. Ampliando o espectro ao top 15, a percentagem alcança 62%, o que significa que dois em cada três euros captados pela indústria entraram em fundos das primeiras 15 empresas que em seguida se realçam. Na tabela seguinte observa-se o ranking das gestoras que mais entradas líquidas registaram na Europa no primeiro semestre do ano, a nacionalidade, o número de fundos que comercializam, e o volume de captações (em milhões de euros). Os fundos monetários não são considerados.