O último trimestre de 2018 foi, sem sombra de dúvidas, um dos trimestres mais complicados para os investidores, com os retornos negativos a atingirem a generalidade das classes de ativos. A categoria de fundos allocation não foi exceção, ainda que o novo ano pareça ter uma recuperação em vista.
Depois de termos analisado a importância de ser paciente no que diz respeito aos fundos de ações, é tempo de olharmos para uma nova categoria: os fundos multiativos.
Estes, pelas suas características, permitem ao investidor adotar uma abordagem mais flexível, bem como uma maior diversificação do risco, investindo em mais que uma classe de ativos. Contudo, num ano como o de 2018, no qual a grande maioria das classes de ativos registou um comportamento negativo, esta abordagem poderá não surtir o efeito que os investidores desejavam. O último trimestre do ano parece ter sido particularmente difícil, com os fundos da categoria allocation nacionais a registarem um retorno médio de -5,70%.
Por outro lado, as características de risco das carteiras foram, obviamente, determinantes para um encaixe mais suave das perdas registadas por estes produtos, algo que se refletiu no retorno médio de cada uma das subcategorias no quarto trimestre de 2018. Assim, enquanto que a subcategoria de cautious allocation registou um retorno negativo de -3,79%, a subcategoria de moderate allocation obteve um retorno médio negativo de -6,56%. A subcategoria de agressive allocation, por sua vez, apresentou também um retorno negativo de -10,64%. Já conjunto de produtos que englobam as categorias allocation miscellaneous e flexible allocation, o retorno médio foi também negativo, mas de -2,65% - compensado pelo retorno positivo dos fundos com exposição ao mercado brasileiro.
Fonte: Morningstar Direct, 20 de fevereiro de 2019
Virando a página para o ano de 2019, o cenário não parece tão "negro", com as nuvens a dissiparem-se, verifica-se uma recuperação – embora não seja ainda suficiente para compensar as perdas registadas no final do último trimestre do ano – da generalidade dos fundos allocation nacionais, cuja “velocidade” foi, claro está, mais rápida no caso dos fundos das subcategorias que apresentam maior exposição ao segmento acionista.