Fundos Alternativos: captações líquidas no último mês

O décimo mês do ano voltou a trazer as captações líquidas do mercado nacional para o verde, depois de no mês de setembro o valor ter sido negativo. Os dados publicados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP –  mostram que o saldo entre subscrições e resgates foi na ordem dos 97,1 milhões de euros.

O tom mais positivo do mercado nesta rubrica também contagiou os Fundos de Investimento Alternativos (FIA) que totalizaram captações líquidas positivas na ordem dos 69 milhões de euros. Para este resultado em muito contribuiu o BPI Monetário de Curto Prazo que é gerido pela BPI Gestão de Activos. Foi o fundo do mercado português que registou maiores entradas líquidas de dinheiro em outubro, num total de 54,6 milhões de euros. É um FIA de curto prazo, o que equivale a dizer que investe “exclusivamente em instrumentos do mercado monetário e depósitos bancários de qualidade elevada, unidades de participação de Fundos do Mercado Monetário Curto Prazo e de Fundos de Investimento Alternativo Monetário de Curto Prazo e instrumentos financeiros derivados”. É, também, um dos maiores produtos nacionais com mais de 352 milhões de euros em ativos sob gestão.

Além deste, foram apenas mais quatro os produtos que registaram captações líquidas positivas em outubro, entre o universo de FIA. Com quase 19 milhões de euros vem o IMGA Extra Tesouraria III. O fundo é gerido pela IM Gestão de Ativos, e foi a primeira vez em 2015 que registou captações líquidas positivas, sendo o terceiro produto com maior volume do mercado no mês passado. É um FIA de Curto Prazo, ou seja, investe “mais de 85% em activos com maturidade residual inferior a um ano”.

Destaque ainda para o Caixa Fundo Monetário, da Caixagest, que obteve mais de seis milhões de euros em captações líquidas. É o segundo maior produto do mercado nacional tendo fechado o mês passado com 690,5 milhões de euros em património, mais 0,95% do que mês anterior.

CA Alternativo e BPI Macro abaixo de 200 mil euros

Os restantes dois produtos registaram captações líquidas mais residuais, longe dos lugares da frente, com menos de 200 mil euros. Com 151 mil euros de saldo entre subscrições e resgates vem o CA Alternativo que é gerido pela CA Gest. O fundo foi lançado em junho de 2014 e, em entrevista à Funds People, Luís Carvalho afirmava aquando do lançamento, que o fundo “destina-se a investidores que procurem efectuar aplicações financeiras com vista à obtenção de uma valorização do capital investido numa carteira multi-activos, gerida de forma flexível, sujeita a flutuações de valor e a risco de capital, mas com um risco restringido pelo limite explícito e quantificado de um orçamento de risco”. De acordo com a Associação é um FIA Flexível, tal como o outro fundo que regista captações líquidas positivas: o BPI Macro. Este fundo é da responsabilidade da BPI Gestão de Activos e o seu saldo foi superior a 2000 euros. No final de outubro o seu património ascendia a mais de 5 milhões de euros e segundo o prospeto do produto, o seu objetivo passa por “proporcionar aos seus participantes o acesso a uma carteira de activos completamente flexível podendo ter uma composição muito diversificada de classes de activos ou estar concentrada apenas numa classe de activo“. O maior investimento em carteira no final de outubro pertencia a um futuro sobre o Euro Stoxx 50, sendo seguido de dívida pública espanhola e de dois fundos da mesma casa de investimento: o BPI Liquidez e o BPI Monetário de Curto Prazo.

Os FIA com captações positivas em outubro

Fonte: APFIPP no final de outubro