As preferências de investimento dos clientes do Banco Best e do Banco Carregosa no mês de janeiro opuseram-se em dois diferentes cenários. Ou seja, por um lado, no Banco Best, o top de subscrições era constituído maioritariamente por fundos de ações, enquanto, no Banco Carregosa, por fundos de obrigações. Neste contexto, esta dicotomia entre as preferências nas duas instituições está igualmente presente ao nível dos fundos mais resgatados.
Isto é, no Banco Best, “o destaque este mês foi para algumas saídas em fundos de obrigações flexíveis, os quais têm cada vez mais dificuldades em manter performances interessantes devido aos atuais níveis de taxas de juro”, apresentava Rui Castro Pacheco, diretor-adjunto da instituição.
Mas, os fundos de ações não foram as únicas estratégias que estiveram na origem dos resgates dos investidores, porque também as estratégias multiativos tiveram essa desfeita. O profissional do Banco Best justifica o resgate destas estratégias devido às “dificuldades em acompanhar o desempenho de alguns dos seus pares em 2020”.
Relacionando os fundos mais resgatados com os mais subscritos deste mês, Rui Castro Pacheco comenta que “podemos colocar a hipótese de que alguns clientes mais conservadores trocaram uma parte dos fundos de obrigações pelo fundo imobiliário, na tentativa de manter rendimento com volatilidade controlada e investidores com fundos multiativos têm procurado alocar mais capital aos gestores que têm conseguido performances mais equilibradas”.
Ao mesmo tempo, no Banco Carregosa, “os resgates são dominados por fundos de ações, alguns dos quais grandes beneficiados em 2020”, indicava Tiago Gaspar, responsável pela análise e seleção de fundos da instituição. O profissional acrescenta ainda que “interpretaria como profit taking dos desempenhos de 2020”.
