Desde o final do ano passado, os fundos de ações nacionais têm registado um desempenho superior ao principal índice bolsista português. Conheça os fundos e a sua rentabilidade desde 31 de dezembro de 2016.
O período de crescimento que a economia nacional tem registado desde o início do ano tem vindo a refletir-se no comportamento do principal índice bolsista nacional e, ainda, no desempenho dos fundos de ações nacionais. Entre 31 de dezembro de 2016 e 19 de maio de 2017, o PSI20 registou um crescimento de 10%. Mas e os fundos de ações nacionais?
Evolução do PSI20 desde o início do ano
Fonte: Euronext, maio de 2017
Do conjunto de cinco fundos que a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios categoriza como Fundos de Ações Nacionais, todos eles foram capazes de bater o PSI20 entre o final do ano passado e o dia 19 de maio. Vejamos o comportamento detalhado de cada fundo.
Na primeira posição surge o fundo que registou melhor rentabilidade no período em questão. Segundo dados da APFIPP, o IMGA Acções Portugal apresenta uma rentabilidade de 15,8% desde o final do ano passado. Nuno Marques, gestor do fundo, na ficha do mês de abril destaca a valorização de 1,9% no mês em questão, afirmando que “o desempenho do fundo foi superior ao do benchmark”. Ainda segundo a ficha de abril, o volume de ativos sob gestão ascendia a 26,6 milhões de euros, sendo que CTT, SONAE e NOS eram as três maiores posições do fundo, compondo mais de 25% do total da carteira.
O segundo lugar pertence ao Santander Acções Portugal, que apresenta uma rentabilidade de 15,25% no período em questão. O fundo da responsabilidade da Santander Asset Management é, assim, o segundo fundo com melhor desempenho. Na ficha de abril, Dolores Solana, gestora do fundo, destacava o bom comportamento do produto, “que acompanhou o bom momento registado no mercado acionista português”, num mês positivo para os ativos de maior risco. Segundo a entidade, no mês de abril o volume de ativos sob gestão era de 81 milhões de euros.
O terceiro melhor desempenho pertence ao fundo da responsabilidade da GNB Gestão de Ativos, o NB Portugal Ações. O fundo gerido por Pedro Barata apresenta uma rentabilidade de 13,62% desde o final do ano passado. Na ficha de abril o gestor destacava o bom momento do mercado acionista nacional, afirmando que “os investidores nacionais e internacionais começam a estar mais confiantes no ressurgimento da economia portuguesa e tal reflete-se numa maior procura dos títulos portugueses”.
No quarto lugar dos fundos nacionais com melhor desempenho surge o BPI Portugal, um fundo que detém o selo Consistente Funds People, cuja rentabilidade no período em questão se fixou nos 13,07%. À semelhança dos gestores já referidos, Catarina Quaresma Ferreira, gestora do fundo, na ficha do mês de abril, destaca o momento positivo do mercado acionista nacional, ainda que no mês em questão o seu desempenho tenha ficado aquém das expectativas. Para o desempenho do fundo, os contributos de posições como Corticeira Amorim, Navigator e Altri foram, segundo a gestora, essenciais.
Por fim, na quinta posição surge o quinto fundo com melhor desempenho, o Caixagest Acções Portugal. O produto da responsabilidade da Caixagest regista uma rentabilidade de 12,56% desde 31 de dezembro de 2016, detendo um volume de ativos sob gestão, segundo dados da Morningstar, superior a 30 milhões de euros.
Comparação rentabilidade fundos vs. PSI20
Fonte: APFIPP, 19 de maio e Euronext, maio de 2017