Bruno Pinhão, do ActivoBank, e Rui Castro Pacheco, do Banco Best, analisam as preferências dos investidores em março. No terceiro mês do ano, os fundos de ações voltaram a estar em destaque.
Ao analisar as preferências dos clientes do ActivoBank e do Banco Best, podemos perceber que, à semelhança do mês anterior, o top de subscrições do mês de março é formado na sua maioria por fundos de ações. Vale referir que metade dos fundos presentes no ranking têm Selo Funds People 2019.
Bruno Pinhão, do Activo Bank, começa por destacar que mês de março ficou marcado pela incerteza do Brexit, pelos anúncios do BCE, pela nova ronda de conversações entre os EUA e a China e pela intenção da FED de só aumentar as taxas de juro em 2020. Todos estes eventos afetaram os mercados, nomeadamente as tendências de investimento dos clientes das plataformas de fundos nacionais.
Bruno Pinhão relata que o terceiro mês do ano se revelou “bastante positivo para os mercados” e que “deu continuidade aos ganhos acumulados em 2019” O profissional mencionou ainda, que março “levou alguns dos principais índices acionistas, entre os quais o S&P 500 e o Stoxx 600, a registarem os seus melhores trimestres desde 2009 e 2015 respetivamente”.
“No terceiro mês do ano, os investidores do ActivoBank deram preferência a fundos mais conservadores, aos setores acionistas da saúde e do consumo, bem como Europa”, menciona Bruno Pinhão. O profissional acrescenta, ainda, que “pelo segundo mês consecutivo, o setor da saúde marcou presença nas preferências dos investidores do ActivoBank, tendo substituído o setor da tecnologia, que largos meses imperou entre os setores prediletos dos investidores”. “A justificar a presença de fundos exposto à europa esteve o facto de esta geografia ter tido uma das melhores performances no mês”, finaliza o especialista.
Analisando, agora, as opções dos clientes do Banco BEST, Rui Castro Pacheco, revela que o top dos dez fundos mais negociados é composto por seis fundos de ações, três de obrigações e um de multi-ativos.
Rui Castro Pacheco, menciona que nos fundos de ações, os investidores mantêm, à semelhança do mês anterior, a preferência em temas relacionados com tecnologia e que “neste tema, temos um fundo mais generalista, o Franklin Technology, um fundo mais regional, o JPMorgan US Technology, e um fundo mais temático, o Allianz Global Artificial Intelligence”. O fundo mais subscrito no Best este mês foi o European Value gerido a cargo da MFS que investe em empresas europeias.
Relativamente aos fundos de obrigações, uma das preferências dos clientes da entidade “mantem-se na estratégia flexível denominada Income e gerida pela PIMCO”. No entanto, o profissional destaca que “a novidade este mês passou pela procura por um fundo que investe em dívida soberana dos países do Euro, com o EUR Government Bonds gerido pela Pictet, e por um fundo que investe em dívida de países emergentes, gerido pela Amundi”.
No caso dos fundos multi-ativos no Banco Best registaram “a manutenção nas escolhas do fundo gerido pelas boutiques Acatis e Gané, a primeira a gerir uma componente de investimento em ações e obrigações de empresas mais “Value” e a segunda a tomar conta dos investimentos em empresas que estejam a passar por um qualquer tipo de evento (“Event”)”.
As outras temáticas que se destacaram em março são a Saúde, com o BlackRock World Healthscience e os metais preciosos, com o Invesco Gold & Precious Metals.