Fundos de investimento: a aplicação que mais cresceu nas carteiras das gestoras de patrimónios em 2015

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FutUndBeidl, Flickr, Creative Commons

Os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP não enganam: a gestão de patrimónios é um dos segmentos vencedores dos primeiros nove meses do ano. De acordo com a Associação o crescimento nos ativos sob gestão nos primeiros três trimestres do ano é de 8,9%, ou seja, quase 5 mil milhões para um valor final que totaliza 59.052 milhões de euros. De realçar, ainda, que os “montantes geridos por estas entidades representavam 91,8% do valor total de gestão individual de activos em Portugal”. 

A carteira de investimento é vasta, com os títulos de dívida a dominarem as preferências das entidades. No final de setembro esta rubrica representava mais de dois terços do investimento, sendo a dívida soberana a preferida com uma ‘fatia’ de investimento de quase 39%. Já a dívida corporativa ficava com uma representação de 29,4%. Os fundos de investimento mobiliário e as ações representavam uma parcela de cerca de 7%, cada uma, com os fundos de investimento imobiliário a fixarem a sua posição em pouco mais de 2% do total de investimentos. Já a liquidez fica com a “fatia restante”, ou seja cerca de 13%.

Fundos de Investimento: o “maior amor” de 2015

Analisando a evolução dos investimentos desde do final do ano passado até ao final de setembro, nota-se uma clara preferência pelos fundos de investimento. Se juntarmos os dois tipos de fundos (mobiliários e imobiliários), assistimos a um aumento superior a 45% para mais de 6 mil milhões de euros. Face ao final de 2014, em termos monetários, esse incremento é de praticamente 1.900 milhões de euros.

Separadamente, o investimento em fundos mobiliários cresceu 48% para 4.668 milhões de euros enquanto nos fundos imobiliários o aumento foi de 37% para 1.407 milhões de euros.

Também em termos percentuais, da ‘fatia’ de cada ativo nas carteiras, houve um aumento nos primeiros nove meses do ano. Os fundos mobiliários, no final de 2014, representavam cerca de 5,8% do investimento, enquanto no final de setembro a sua presença ascendia a 7,9%. No caso dos fundos imobiliários, nos mesmo períodos temporais, a ‘fatia’ passou de 1,9% para 2,38% do investimento total das gestoras de patrimónios.

A evolução dos ativos nas carteiras das gestoras de patrimónios

para aumentar

Fonte: APFIPP no final de cada mês