A previsão é do Boston Consulting Group, que elabora sobre a gestão de patrimónios em Portugal. Fundos de investimento e ações deverão crescer mais do que dinheiro vivo e depósitos.
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O património financeiro global cresceu em 2021. Quem o refere é oBoston Consulting Group (BCG), que na sua publicação Global Wealth 2022: Standing Still is not an Option, identifica um "valor record de património financeiro". No caso, são 530 biliões de dólares em 2021, que a consultora justifica com o "os ganhos nos mercados acionistas e o aumento da procura de ativos tangíveis".
E Portugal?
Segundo a consultora, Portugal seguiu a tendência mundial. No caso, um crescimento de 3,3% no património em 2021. A perspetiva, dizem, é de que continue a crescer, mais concretamente 2,9% por ano até 2026.
Em termos representativos, Portugal é responsável por 1,1% do património da Europa Ocidental, o que fica "ligeiramente abaixo dos 1,2% observados no ano de 2020". Da BCG apontam que "o país mostrou um crescimento moderado no último ano, abaixo dos 6% verificados na região". Contudo, "considerando os ativos tangíveis (48% do património total), a relação é inversa, tendo-se verificado um aumento de 9%, face aos 8% do contexto europeu".
Fundos de investimento a crescer
A consultora comprova nas suas informações o que já não é novidade. "O dinheiro vivo e depósitos mantêm-se como a classe de ativos predominantes em Portugal, perfazendo um total de 47% da riqueza, acima do verificado na Europa Ocidental (30%) e no mundo (27%)", pode ler-se.
Contudo, os números são animadores para a gestão de ativos. A entidade diz esperar que as ações e os fundos de investimento cresçam a "um ritmo superior nos próximos cinco anos". Mais concretamente, falam de um crescimento de "3,6% por ano em contraponto com os 2,4% na classe de dinheiro vivo e depósitos".
Para Pedro Pereira, sócio da BCG em Portugal, "a aversão ao risco do investidor português mantém-se, com a predominância em ativos como o dinheiro vivo e depósitos quando comparado com o resto do globo". No entanto, na opinião do profissional, devido à "decorrente da incerteza quanto à conjuntura futura", começam "a ver uma maior aposta em seguros do ramo vida e pensões”.