Após um fecho de trimestre no vermelho, a gestão de patrimónios deu sinais de uma ligeira recuperação em abril. Conforme noticiamos recentemente, segundo dados a APFIPP com referência ao fecho do referido mês,as entidades associadas somavam 42,1 mil milhões de euros de ativos, o que espelha um aumento de 0,8% face ao mês anterior.
Nesta subtil subida, observou-se um reforço na generalidade dos clientes nas carteiras destes organismos. O destaque vai para os fundos de investimento estrangeiros, que evoluíram positivamente em 4,7% face ao final de março, seguidos das fundações e dos fundos de pensões nacionais, com crescimentos na ordem dos 3,2% e 2,3%, respetivamente. A única exceção deu-se com as seguradoras, que foram a única rubrica a registar um decréscimo. De notar que este segmento já havia sofrido uma grande alteração no período transato, fruto de um “levantamento parcial de um cliente institucional de grande dimensão” da Caixa Gestão de Ativos e respetiva reclassificação da tipologia de serviço de gestão/aconselhamento de carteiras.
Em termos de domiciliação dos clientes, foram os não residentes que reforçaram mais as suas posições, registando um aumento geral de 4,6%, face aos 0,7% dos residentes. Neste capítulo são de salientar os já referidos fundos de investimento estrangeiros, mas também o reforço significativo dos clientes particulares não residentes, na ordem dos 4,5%.
Contudo, se compararmos os dados com o período homólogo, constatamos que as diferenças são muito significativas – pela negativa. Os ativos nas carteiras das sociedades gestoras de patrimónios registam uma queda de -30,6% face a abril do ano anterior, com a maioria das tipologias de clientes a reduzirem a sua exposição. Há, no entanto, a exceção das fundações, que foi o único segmento no qual o montante sob gestão nas carteiras das SGP aumentou face ao ano transato (+2,8%).