No final de dezembro de 2017, verificou-se um aumento de mais de 200 milhões de euros face ao período homólogo, um crescimento para o qual o contributo dos fundos imobiliários fechados foi fulcral.
Existem cada vez menos dúvidas relativamente ao facto que 2017 foi um ano positivo para o mercado nacional de fundos de investimento. Se do lado dos fundos de investimento mobiliário se verificou um aumento nos montantes sob gestão, os fundos de investimento imobiliário não ficaram atrás, tendo registado um aumento de 2,7% face ao final de 2016.
Os dados foram revelados pelo relatório trimestral de gestão de ativos publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, que informa que o montante sob gestão dos fundos de investimento imobiliário e dos fundos especiais de investimento imobiliário ascendeu a 10.294,4 milhões de euros em 2017. Por outro lado, os fundos de gestão de património imobiliário (segmento que é constituído por três fundos, todos geridos pela GNB) verificaram um decréscimo de 2,3% face a dezembro de 2016, tendo o montante ascendido a 499,2 milhões de euros.
Fonte: CMVM, 31 de dezembro de 2017
Durante 2017 verificou-se uma diminuição do número de fundos, passando de 230 para 223 no final de dezembro passado. No último trimestre foram liquidados os fundos especiais de investimento imobiliário Imoport e Oporto Capital, geridos pela Interfundos, o Lusoinvest, gerido pela Lynx AM, e o Jorama, gerido pela Atlantic. Por outro lado, a gestão do fundo imobiliário fechado TDF foi transferida da TDF para a Interfundos, tendo sido, ainda, declarada a insolvência do Edifundo, um fundo de investimento imobiliário gerido pela GNB.
O trio da frente
No que diz respeito às quotas de mercado das diversas entidades gestoras, a Interfundos manteve o primeiro lugar ao longo do ano, terminando 2017 com uma quota de mercado de 15% - resultante do volume de ativos sob gestão de mais de 1.548 milhões de euros. A entidade foi, inclusive, a que maior variação anual apresentou, com um crescimento de 1,8 pontos percentuais durante o ano.
Imediatamente a seguir terminou a Norfin, cujo património sob gestão ascende a 1.238 milhões de euros, o que corresponde a uma quota de mercado de 12%. A Fundger, por sua vez, terminou no terceiro posto, apresentando uma quota de mercado de 9,4% e um volume de ativos sob gestão de cerca de 972,1 milhões de euros.
Fonte: CMVM, 31 de dezembro de 2017