As estatísticas do Banco de Portugal referentes a 2017 dão conta de um crescimento do valor em fundos de investimento detidos por particulares.
No boletim estatístico sobre fundos de investimento relativo ao ano que terminou em dezembro de 2017, publicado pelo Banco de Portugal, a entidade dá conta de um aumento no ano de cerca de 3,3 mil milhões de euros no valor líquido global de unidades de participação de fundos de investimento em circulação em Portugal.
Segundo o banco central “este aumento concentrou-se essencialmente nos fundos de obrigações (2,5 mil milhões de euros) e resultou, em grande parte, da alteração de política de investimento de um fundo do mercado monetário para fundo de obrigações”.

No que se refere ao detalhe das carteiras de investimento dos fundos, o ano trouxe um acréscimo do “montante aplicado em depósitos em cerca de mil milhões de euros e no investimento em títulos emitidos por não residentes de cerca de 1,9 mil milhões de euros, dos quais 1,2 mil milhões correspondiam a títulos de dívida de longo prazo. Verificou-se ainda um desinvestimento em ativos não financeiros no mesmo montante observado em 2016 (0,4 mil milhões de euros). Ainda assim, os ativos não financeiros continuavam a ser os ativos com maior peso no balanço dos fundos de investimento, representando 39 por cento do total”, pode ler-se na divulgação, numa referência aos ativos imobiliários.

Investidores
Os particulares nacionais mantiveram-se como o principal setor investidor em fundos de investimento, detendo cerca de 42 por cento do total das unidades de participação em circulação no final de 2017. Seguem-se as instituições financeiras monetárias, com 27% e 7% distribuídos em investidores não residentes. As sociedades de seguros e de pensões agregam cerca de 2,4 mil milhões de euros.
