Segundo os dados divulgados pelo banco de Portugal, os investidores particulares, entre resgates e perdas, viram o montante investido recuar 800 milhões de euros.
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Os dados trimestrais do Banco de Portugal relativamente a fundos de investimento nacionais (mobiliários e imobiliários) mostram o impacto negativo que a volatilidade de 2022 teve nos ativos sob gestão. O total de unidades de participação emitidas atingia os 34,4 mil milhões de euros. Este valor é inferior em 1,1 mil milhões de euros ao registado no final de 2021. "Trata-se, aliás, da primeira redução que se observa desde o final do primeiro trimestre de 2020", comentam do banco central.
Total de unidades de participação emitidas | Montantes em fim do mês, em milhões de euros
A redução do valor total das unidades de participações emitidas foi justificada, segundo o banco central, por dois fatores. “Por um lado, pela desvalorização das unidades de participação, em 0,6 mil milhões de euros, motivada pela desvalorização dos títulos de dívida e de capital detidos pelos fundos”. Por outro lado, pelo facto de o montante de unidades de participação resgatatas ter superado, em 0,5 mil milhões de euros, o montante emitido.
Olhando para variação por tipologia de fundos, vemos como os fundos de obrigações foram extremamente penalizados em termos relativos no primeiro trimestre do ano. Foi a categoria mais penalizada, tanto em termos de variação de preço como em resgates líquidos.
Segmentos investidores
Segundo os dados disponibilizados e como patente no gráfico, durante o primeiro trimestre de 2022, os particulares - que agregam mais de metade do investimento - reduziram as suas aplicações em fundos de investimento em 0,8 mil milhões de euros.