Evolução foi sobretudo condicionada pelo desempenho negativo do mercado obrigacionista, revela a Mercer.
Os fundos de pensões portugueses terminaram Maio com uma rendibilidade mediana estima de 0%, em resultado sobretudo da evolução do mercado obrigacionista, que teve um desempenho negativo.
“Ao longo do mês de Maio, o receio dos investidores de uma diminuição do pacote de estímulos económicos por parte do Fed teve impacto no mercado acionista”, refere Rui Guerra, partner da Mercer. No mercado de obrigações, acrescenta, “as maturidades europeias subiram em todos os prazos”, sendo que a “expectativa de um aumento dos preços na Alemanha e o receio pelas políticas monetárias do BCE levaram a um aumento das taxas de juro”.
No mês passado, a componente de obrigações teve uma rendibilidade estimada de 0,7%, com a pior performance a pertencer às obrigações não euro (retorno de -1,5%). As acções tiveram um desempenho positivo de 2,1%, com as europeias a destacarem-se com uma rendibilidade estimada de 2,7%.
Rui Guerra refere que, na Europa, os resultados positivos “deveram-se aos resultados do indicador de sentimento económico (que mede a confiança e as expectativas dos investidores)”. Já no mercado acionista norte-americano, “apesar dos resultados negativos relativos ao consumo, os indicadores da confiança dos consumidores e a actividade financeira foram acima do esperado, renovando o receio que o Fed comece a comprar menos activos”. No Japão, refere ainda, “verificou-se uma correcção dos resultados, devido ao receio de retirada dos estímulos nos EUA e a apreciação do iene face ao dólar”.