A rendibilidade mediana dos fundos de pensões nacionais é de 1.3%, segundo a consultora Mercer, o que configura o melhor resultado depois do mês de fevereiro.
Os fundos de pensões do mercado nacional, à semelhança do que aconteceu em outubro, continuaram com resultados interessantes em novembro. Segundo o que divulga agora a consultora Mercer, no décimo primeiro mês do ano, os fundos de pensões portugueses obtiveram uma rendibilidade mediana estimada de 1.3%, um valor que é o mais alto do ano, depois do mês de fevereiro, onde a estimativa da rendibilidade mediana foi de 1.5%.
No habitual comunicado da entidade, pode ler-se que “durante o mês de novembro, o mercado acionista registou uma performance positiva”, com “o crescimento do PIB americano, francês e alemão e o efeito do discurso de Mario Draghi relativamente a medidas de estímulo monetário” a terem um impacto positivo nos mercados. Para a boa performance dos mercados acionistas contribuíram ainda “as perspetivas de estímulos no Japão”. Assinale-se que o contributo das ações para a performance destes fundos foi de 3.3%.
Também o resultado do mercado obrigacionista foi positivo. “A expectativa em torno da implementação de políticas expansionistas, na Europa, levou à descida da taxa de juro e a mínimos nas yields do mercado secundário”, diz a Mercer.
Acrescentam também que “a yield das obrigações de dívida privada com qualidade de crédito AA e maturidade superior a 10 anos, referência para as taxas de desconto dos fundos de pensões, era de 1.7% no final do mês de novembro. No final de outubro esta taxa era de 1.9%”.
Quase 8% nos 11 primeiros meses do ano
Desde o início do ano até novembro, por seu lado, a rendibilidade mediana estimada dos fundos de pensões é de 7.6%. O contributo dado pela performance das ações é de 8%, enquanto as obrigações apresentam ganhos de 7.6%, segundo as contas da Mercer.