No último ano o total gerido por fundos de pensões em Portugal teve vários altos e baixos. Na composição das carteiras destaca-se a consolidação da exposição a fundos de investimento.
O montante sob gestão dos fundos de pensões no último ano (de junho de 2015 a junho de 2016) avançou quase 0,5%, o que se traduziu em mais 8,4 milhões de euros. No relatório referente ao primeiro semestre de 2016, a ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), indica que no final de junho o total gerido pelos fundos de pensões chegava aos 17,98 mil milhões de euros. Embora a comparação com o mesmo período do ano passado mostre uma acréscimo ligeiro, comparando com os valores de início de ano regista-se uma queda de cerca de 1% no volume gerido.
A ASF justifica esse decréscimo com uma diminuição de 0,2% no montante gerido pelos fundos de pensões fechados e de 7,3% nos fundos de pensões abertos.
Retrospetiva de um ano
Fonte: ASF, relatório semestral
No último ano são visíveis esses altos e baixos no montante gerido pelos fundos abertos e pelos fundos fechados (ver gráfico acima). Tanto num segmento como no outro, o valor mais alto alcançado ocorreu no final de 2015, altura em que os fundos fechados chegaram aos 16,11 mil milhões de montante gerido, e os fundos abertos aos 2,046 mil milhões de euros.
No que diz respeito à composição das carteiras, o ativo que chama mais a atenção pela sua evolução é a dívida pública, que avançou para um peso superior a 30%, no total das carteiras. Os fundos de investimento, por sua vez, aparecem numa posição de consolidação no último ano, tendo a sua presença voltado aos 26% desde março passado.
Evolução das aplicações dentro do total das carteiras de fundos de pensões
Fonte: ASF, relatório semestral