O valor sob gestão dos OICVM estrangeiros comercializados em Portugal ultrapassou os 6 mil milhões de euros em 2022, uma queda de quase 20% relativamente ao ano anterior. O destaque vai para o ABANCA, que continua a ser o maior comercializador em termos de ativos.
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Em 2021, eram 19 as entidades comercializadoras, ao passo que em 2022 esse número desceu para 17. Mas mais importante de ressaltar é o facto de o montante global colocado por OICVM estrangeiros em Portugal ter apresentado uma queda anual de quase 20%. Assim, o valor sob gestão de OICVM estrangeiros passou de 7,6 mil milhões de euros em dezembro de 2021, para 6 mil milhões em dezembro de 2022. Também face ao terceiro trimestre de 2022 se verificaram quedas, no caso um recuo de 1,7% no valor distribuído nestes produtos.
Indicadores agregados
Best continua a liderar em número de fundos
A entidade comercializadora que disponibiliza o maior número de fundos estrangeiros é, com larga vantagem, o Banco BEST. A entidade apresentava, em dezembro de 2022, 100 produtos estrangeiros comercializados, uma diminuição de três fundos em relação a 2021.
No entanto, quem apresenta o maior crescimento de produtos comercializados é o ABANCA e o Bankinter. A primeira entidade distribui 54 produtos (um aumento de cinco produtos em relação ao período homólogo) e a segunda 42 produtos (um aumento de quatro produtos relativamente ao período homólogo).
Número de OICVM estrangeiros por entidade comercializadora
Em termos de ativos distribuídos e quota de mercado neste segmento, o destaque continua a ser do ABANCA. Apesar da quota de mercado ter diminuído 1,88 pontos percentuais em relação ao ano passado, a entidade comercializa 18,3% do total de fundos estrangeiros dirigidos ao retalho. No final de 2022 apresentava 1,1 mil milhões de euros em ativos distribuídos por fundos estrangeiros.
É de destacar também o Banco Comercial Português, que aparece como o segundo maior comercializador destes fundos. Apresenta um crescimento de 0,35 pontos percentuais no ano, e uma quota de mercado de 14,2%. Esta entidade fechou o ano com mais de 860 milhões em ativos distribuídos nestas estratégias.
A fechar o Top 3 está o Bankinter, com uma quota de mercado de 12,0%, um valor ligeiramente inferior ao do período homólogo, com o valor dos ativos a situar-se nos 728 milhões de euros.
Os primeiros três lugares deste segmento apresentam algumas diferenças face ao ano anterior. Assim, em 2021, os três primeiros lugares eram ocupados pelo o ABANCA, com a quota de mercado mais elevada (20,2%), seguido do Banco BPI (14,4%) e do Banco Comercial Português (13,9%).