Fundos estrangeiros mais vendidos em Maio são de obrigações

No Banco Best, segundo o director de investimento, Diogo Serras Lopes, o que mais foi procurado pelos clientes “foram fundos de menor risco associados ao investimento em obrigações, incluindo também a procura por fundos denominados em diversas moedas”. Neste sentido, encontramos em primeiro lugar do ranking do Best o fundo Pimco GIS Global Bond E Acc EUR (Hdg), um fundo que investe pelo menos dois terços dos seus activos numa carteira diversificada de obrigações denominados em diferentes moedas. Em segundo e terceiro lugares surgem o Nordea-1 Swedish Bond Fund E SEK, um fundo de obrigações denominadas em coroas escandinavas, e o Pimco GIS Global Real Return E Acc EUR (Hdg), um fundo de obrigações globais indexadas à inflação.

No ActivoBank, os três fundos internacionais mais vendidos em Maio foram o UBS (LUX) BF CAD P ACC,  um fundo que investe numa carteira diversificada de títulos denominados em CAD, principalmente da categoria ‘investment grade’; o Goldman Sachs Global E M Deb Portfolio E, um fundo desenhado para procurar oportunidades ‘alpha’ nos mercados de dívida de diferentes países emergentes. Em terceiro lugar, contrariando a tendência de venda maioritária de fundos com maior exposição a obrigações, está o BGF United Kingdom E2, um fundo que visa maximizar a valorização do capital denominado em libras esterlinas, investindo essencialmente em acções de empresas de grande capitalização do Reino Unido.

No Banco Big, os fundos com valor mais elevado de subscrições no mês de Maio foram o Parvest Short Term EUR, um fundo que procura constituir uma alternativa à Euribor a 3 meses, investindo em obrigações de curto prazo denominadas em euros. Em segundo lugar ficou o Pictet Short-Term Money Market EUR, um fundo cujo objectivo é oferecer ao investidor um alto grau de protecção de capital através do investimento essencialmente em obrigações de curto prazo e instrumentos de mercado monetário denominados em euros. Em terceiro lugar destaca-se o Pioneer Funds Global Aggregate Bond, um fundo que investe principalmente em obrigações de taxa fixa ‘investment grade’, tanto nos EUA como fora.

Critérios na selecção dos fundos

Na escolha dos fundos internacionais, há critérios que as distribuidoras analisam, por forma a, como sublinha Rui Broega, director da gestão de activos do Banco Big, “gerar valor acrescentado no segmento seleccionado”. E sendo, mais ou menos específicos, centram-se sobretudo nas equipas e nos desempenhos.

As escolhas do ActivoBank recaem sobre fundos com passaportes europeus, sendo outros critérios “fundos com estratégias e abordagens diferenciadoras ou complementares” à oferta que têm. Mais especificamente, o ActivoBank tem em consideração a “compreensão das técnicas de gestão e de escolha das posições dos fundos”, assim como o “conhecimento do currículo do gestor e do desempenho em anteriores funções”. Adicionalmente, acrescenta fonte do ActivoBank, “serão também escrutinados os melhores e os piores momentos do fundo face aos seus pares / benchmark”.

O Banco Big tem em consideração “um conjunto de variáveis que, ao longo do tempo, têm evidenciado alguma consistência na taxa de sucesso dos processos de selecção”, e que se traduzem em quatro vertentes principais: os processos, ou seja, “o acesso privilegiado à equipa de gestão e conhecimento detalhado da carteira de investimento”; a equipa, valorizando neste campo “a estabilidade das equipas e investimento por potenciar o factor “peace of mind” e a optimização de processos”; o potencial, por ser “importante percever a pureza e a consistência do ‘alpha’ gerado por cada equipa de gestão”; e ainda a exequabilidade, salientando Rui Broega que apenas seleccionam “fundos líquidos com estratégias que privilegiam títulos líquidos”.

TOP 10 FUNDOS ESTRANGEIROS MAIS VENDIDOS EM MAIO