Para além dos fundos focados no mercado indiano, cujo interesse poderá ter sido despertado pelas eleições e pelo bom momento que a sua economia atravessa, as commodities e a tecnologia surgem, novamente, como principais preferências dos investidores.
Registe-se em FundsPeople, a comunidade de mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão de ativos e património. Desfrute de todos os nossos serviços exclusivos: newsletter matinal, alertas com notícias de última hora, biblioteca de revistas, especiais e livros.
Para aceder a este conteúdo
Os fundos mais subscritos do mês de abril foram dominados pela tecnologia, pelas commodities e pelos fundos de ações. Terminado o mês de maio, chegou a altura de analisarmos as tendências que se verificaram nos fundos mais subscritos no quinto mês do ano.
Começando pelos fundos mais subscritos do Banco Carregosa, Tiago Gaspar, responsável pela Análise e Seleção de Fundos da entidade, afirma que o mês de maio “trouxe algumas surpresas e foi bastante ativo”. Os fundos de mercado monetário foram não só os mais subscritos, como também os mais resgatados. “Isto pode ser lido como o interesse dos investidores em manterem todo o seu capital disponível investido”, afirma o profissional.
Além disso, surgem no Top 10 dois fundos de ações do mercado indiano. “Provavelmente as eleições na Índia terão despertado o interesse dos investidores nesta economia que tem desfrutado de um bom momento”, explica Tiago Gaspar. E sem surpresa, o setor tecnológico continua a reunir o interesse dos investidores.
Por sua vez, Rui Castro Pacheco, responsável de Investimentos do Banco Best, observa que, em linha com os últimos meses e tendo em consideração o perfil de risco, que tem existido “algum estremar nas opções” dos seus clientes. “Se por um lado temos vários fundos de ações, com perfil de risco mais agressivo, do outro apenas encontramos fundos com risco SRI de 1 e 2, bastante conservadores”, explica.
Analisando precisamente os fundos de menor risco, encontramos o fundo Pictet-Short-Term Money Market. Com risco SRI “na fronteira” entre 1 e 2, vemos os fundos de obrigações de taxa variável. “A procura dos nossos clientes tem ido para duas opções, o DWS Invest ESG Floating Rate Notes e o Allianz Floating Rate Notes Plus”, afirma o profissional. Com risco 2, verifica-se a presença de um fundo imobiliário, o Property Core Real Estate Fund.
No espetro oposto, os fundos de ações, o destaque este mês vai para o tema das commodities e tecnologia e para as soluções de gestão passiva. Nas commodities, a preferência vai para a energia, com o Schroder International Selection Fund Global Energy e para os metais especiais, com o Invesco Gold & Special Minerals Fund. Nas tecnologias, verifica-se a procura por fundos mais genéricos, com o BlackRock Global Funds - World Technology Fund e o Fidelity Funds - Global Technology Fund.
Na gestão passiva, conta o profissional, “temos dois fundos índice, um sobre o índice americano mais genérico, o Fidelity S&P 500 Index Fund, e outro a preferir o índice global de ações, o Fidelity MSCI World Index Fund”.
Fundos mais subscritos no mês de maio
Banco Carregosa
Rating FundsPeople
Banco Best
Rating FundsPeople
Fidelity Euro Cash "A" (EUR) ACC
Property Core Real Estate Fund
Fidelity Euro Cash "A" (EUR) INC
Schroder International Selection Fund Global Energy B Accumulation USD
Pimco Income E (EUR HDG) Inc
Invesco Funds - Invesco Gold & Special Minerals Fund E Accumulation EUR
Nos resgates do Banco Carregosa, excluindo os fundos que também fazem parte da lista dos mais subscritos, há uma maior ponderação de fundos do mercado acionista. “Poderá ser interpretado como um posicionamento mais cauteloso por parte dos investidores”, afirma Tiago Gaspar.
Do lado do Banco Best, verifica-se a presença de algumas estratégias de fundos multiativos. Rui Castro Pacheco acredita que possam existir dois motivos para este facto: “Por um lado, alguns investidores podem estar a retirar os seus investimentos de gestores menos bem sucedidos nos últimos meses, procurando alternativas que conseguiram desempenhos mais interessantes. Por outro, alguns investidores mais conservadores encontram nos fundos de obrigações alternativas com uma yield atrativa e preferem não investir noutro tipo de ativos que, ainda com retorno potencial superior, têm maior risco”.
