Os fundos monetários e os fundos alternativos representam quase metade, em termos de património, do segmento mobiliário nacional.
Entre o final do ano de 2014 e o final do ano passado, o segmento dos fundos mobiliários decresceu em Portugal. De acordo com os dados publicados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios - APFIPP - o decréscimo nos últimos dois anos situou-se em cerca de 10,4%, o que corresponde a uma queda de quase 1.300 milhões de euros, para um total no final de dezembro passado de 11.100 milhões de euros.
Analisando o panorama dos fundos mobiliários, podemos dividir estes produtos em alguns segmentos. De todos as categorias de investimento, aquela que no final do ano passado detinha mais património era a que juntava os fundos monetários e de curto prazo. Este segmento fechou o mês de dezembro com mais de 2.500 milhões de euros, tendo crescido mais de 25% face ao final do ano de 2014.
Além deste segmento, encontramos mais um que superou a barreira dos 2.000 milhões de euros no final de 2016: o que junta os Fundos de Investimento Alternativo (FIA). Esta categoria terminou dezembro passado com um património sob gestão de quase 2.150 milhões de euros, o que equivale a um decréscimo de quase 45% face ao final de 2014. Já em relação ao final de 2015, o decréscimo ao longo do ano passado situou-se em torno dos 20%.
Que segmento cresceu mais?
De todos os segmentos que cresceram, aquele que mais se destacou, em termos percentuais, ao longo dos últimos dois anos civis, foi o que junta os Fundos PPR. Nesse período temporal, o crescimento ascendeu a mais de 55%, com o segmento a passar de um montante superior a 980 milhões para mais de 1.500 milhões de euros. Com um crescimento percentual assinalável surge, também, o segmento que junta os fundos multiativos. Nos últimos dois anos, o segmento cresceu 44% para um valor muito próximo dos 2.000 milhões de euros.
Além dos fundos monetários e de curto prazo - atrás mencionados - também houve um aumento no montante sob gestão nos fundos de ações. Nos últimos dois anos o segmento cresceu, embora de forma muito residual, para perto dos 1.050 milhões de euros, o que em termos percentuais representa um crescimento a rondar os 2%.
Evolução ao longo dos últimos dois anos
Fonte: APFIPP