Dentro da categoria Morningstar Allocation, os fundos mais defensivos lideram no incremento registado nos últimos nove meses. Saiba quem lidera em termos monetários e percentuais.
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Após a análise geral do volume de captações e crescimento percentual dos produtos nacionais, e, em particular, dos fundos inseridos nas categorias equity e fixed income, allocation é a que a categoria que se segue. Apesar de figurarem diferentes produtos em ambas as listas, observamos uma predominância dos fundos allocation relativamente mais conservadores. Comecemos, então, pelo volume de captações.
Com um volume de captações superior a 100 milhões nos primeiros nove meses do ano encontramos apenas dois fundos, geridos por entidades diferentes e de essência distinta.
Posto isto, verificamos que o produto que registou maior volume de captações entre janeiro e setembro foi o Santander Select Moderado, cujo saldo de captações líquidas no período em análise ascende a mais de 154 milhões de euros. Gerido por Toby Vaughan sob a alçada da Santander Asset Management, este fundo detém um volume sob gestão superior a 283 milhões de euros e uma carteira com uma exposição geográfica bastante diversificada, embora com uma maior preferência pela zona euro e Estados Unidos (30,16% e 24,12% do total, respetivamente).
De seguida surge o produto de poupança reforma da responsabilidade da IM Gestão de Ativos, o IMGA Poupança PPR. Este fundo é gerido por Pedro Vieira e registou um volume de captações de cerca de 129,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Com um património sob gestão acima de 293 milhões de euros, a sua carteira apresenta uma composição que privilegia as obrigações (quase metade da alocação total) e uma preferência pelos sectores de consumo cíclico, financeiro e tecnológico.
Com um volume de captações de cerca de 72,6 milhões de euros no período em análise, o Caixagest Seleção Global Moderado é o terceiro produto com melhor volume de captações. À semelhança dos produtos anteriores, as obrigações são a classe de ativos mais preponderante em carteira e uma preferência pela Zona Euro e Estados Unidos no que diz respeito a exposição geográfica. O património sob gestão, por sua vez, ascende a mais de 387 milhões de euros.
Os dez fundos multiativos com maior volume de captações nos primeiros nove meses do ano
Fonte: Morningstar Direct, 30 de setembro; AuM a 31 de outubro
Fundos poupança reforma com maior crescimento percentual
Do lado dos fundos que maior crescimento percentual registaram nos primeiros nove meses do ano, os fundos de poupança reforma surgem em destaque. Isto porque, olhando para o crescimento, em termos percentuais, obtido por cada um dos fundos allocation nacionais, os fundos de poupança reforma da Bankinter Gestão de Ativos são aqueles que maior crescimento registaram.
Assim, o Bankinter 35 PPR alcançou um crescimento percentual de 1217,20% no período em questão, sendo o fundo que melhor crescimento apresentou - há que realçar, contudo, que o fundo foi criado há sensivelmente um ano. Com um volume de ativos sob gestão superior a 12,84 milhões de euros, este apresenta uma carteira composta maioritariamente por obrigações (mais de 60%) e uma exposição ao mercado norte-americano de 56,42%. Em termos sectoriais, apresenta uma preferência pelos sectores tecnológico (19,60%), financeiro (17,43%) e industrial (12,39%).
Imediatamente a seguir surge o outro produto da Bankinter Gestão de Ativos, o Bankinter 20 PPR, com um crescimento de 449,94% nos primeiros nove meses do ano. Este gere um património de cerca de 24,68 milhões de euros e uma carteira igualmente composta maioritariamente por obrigações – mais de 80% da alocação total – e, à semelhança do fundo anterior, uma exposição superior a 50% ao mercado norte-americano.
O terceiro maior crescimento percentual pertence ao Caixagest Seleção Global Dinâmico, com 165,54% de incremento. O fundo gerido pela Caixagest detém um volume de ativos sob gestão superior a 71 milhões de euros e, ao contrário dos produtos anteriores, a classe de ativos mais preponderante em carteira são as ações, com mais de 55% da alocação total. Por outro lado, a zona euro surge como a região com maior exposição, com cerca de 61,58% da exposição geográfica total.
Os dez fundos allocation com maior crescimento percentual nos primeiros nove meses do ano
Fonte: Morningstar Direct, 30 de setembro; AuM a 31 de outubro