Após termos analisado a evolução dos fundos perfilados mais defensivos em novembro, chegou a altura de colocarmos os fundos moderados sob o microscópio.
Após termos comentado a evolução dos fundos perfilados mais defensivos em novembro, chegou a altura de avançarmos para os produtos que têm um nível de risco moderado e os colocar sob microscópio. Uma vez mais, utilizamos dados da Morningstar Direct, de novembro de 2019. Lembramos ainda que os fundos lançados durante o período em análise apenas são considerados nas médias três meses após o lançamento.
Quanto ao comportamento dos mercados em novembro, Pedro Vieira, gestor do IMGA Alocação Moderada da IM Gestão de Ativos, considera que o mês registou uma “performance positiva dos mercados acionistas, com destaque para novos máximos históricos nos índices norte-americanos”.
O profissional, explica que houve um “movimento de adesão ao risco suportado por indicações positivas de um entendimento, entre China e EUA, sobre um acordo comercial parcial, apelidado de fase 1, e por um conjunto de indicadores que sinalizam uma ligeira inversão do abrandamento económico”.
Assim, tendo em conta este enquadramento, “os mercados obrigacionistas foram penalizados pela subida das taxas de juro, embora os spreads de crédito tenham estreitado, nomeadamente na componente high yield. Petróleo suportado por melhoria de dados macro, enquanto o ouro foi penalizado pela subida das taxas de juro”, conta Pedro Vieira.
Apesar do recente clima ameno nos mercados, a equipa de gestão do Santander Select Moderado, nas palavras no gestor Stefano Amato, “mantém-se atenta a um possível período de maior volatilidade” e, por isso, continua “a optar por uma estratégia que comporte menos risco e que, ao mesmo tempo, diversifique o portefólio”. Neste sentido, este foi um dos fundos que em novembro mais mexeu na carteira e mais contribuiu para as pequenas oscilações verificadas no mês. A equipa de gestão do produto aumentou a alocação a ações europeias e japonesas, reduzindo na mesma amplitude a alocação a obrigações governamentais e corporativas europeias e ações norte-americanas.
Quanto à alocação da componente de fixed-income por sub-categoria, a alocação a obrigações soberanas manteve-se num nível idêntico ao de outubro, após ter sofrido um aumento notório nesse mês como o gráfico acima indica. No caso das obrigações corporativas, a alocação a este tipo de ativos desceu 0,84%, fixando-se nos 21,45% em novembro.
A alocação geográfica da componente obrigacionista não sofreu grandes alterações face a outubro. No entanto, a alocação a obrigações da Europa Desenvolvida diminuiu 1,05%. O Montepio Multi Gestão Equilibrado, foi o fundo que mais contribuiu neste sentido, visto que diminuiu a alocação a esta classe de ativos de 24,81% para 21,62%, segundo dados da Morningstar.
No caso da alocação geográfica da componente acionista, e como podemos ver no gráfico acima, a Europa Desenvolvida foi uma das zonas que mais cresceu em termos de alocação. Para isso contribuíram principalmente os fundos da Santander AM, o Santander Private Moderado e o Santander Select Moderado. O primeiro aumentou a alocação nesta geografia de 2,30% em outubro para 4,22% em novembro. O segundo aumentou de 1,36% para 3,21%.