Outubro foi algo negativo para os mercados, no entanto, na segunda metade do mês, esta tendência foi invertida e registaram-se alguns sinais de recuperação, talvez influenciados pelo avanço nas negociações por um acordo comercial entre os EUA e a China. Após termos analisado as evoluções recentes da alocação dos produtos perfilados com um nível de risco defensivo e com um nível moderado resta-nos colocar sob o microscópio os fundos com um nível de risco mais agressivo, ou por outras palavras, agressivos. Para esta análise utilizámos dados da Morningstar Direct. Relembramos que os novos fundos lançados durante o período em análise, como o caso do NB Dinâmico, da GNB Gestão de Ativos, apenas são considerados nas médias três meses após o lançamento.
De um modo geral, a alocação a classes de ativos globais não registou alterações que mereçam destaque. Porém, um fundo diminuiu consideravelmente a alocação a ações e outro aumentou a alocação a obrigações. O peso das ações na carteira do IMGA Alocação Dinâmica, da IM Gestão de Ativos, passou de 73,51% em setembro para 65,68% em outubro. No caso do Caixagest Seleção Global Dinâmico, da Caixa Gestão de Ativos, este aumentou o peso das obrigações em carteira em 6,84%.
O gestor do Santander Select Dinâmico, Stefano Amato, fez várias alterações na carteira do produto no período em análise. “Atendendo aos recentes acontecimentos político-económicos, a gestão procurou reduzir o risco da carteira do fundo através da diminuição da exposição a ativos high yield, fundos alternativos e ações europeias. Em contrapartida, aumentaram a exposição a obrigações governamentais e corporativas europeias, e a ações emergentes e japonesas.”, comenta o profissional da Santander AM.
Em outubro, o peso das obrigações soberanas na componente de obrigações subiu 1,60% apesar de quase todos os fundos terem diminuído a exposição a este segmento. A grande exceção à regra foi o Santander Select Dinâmico, que aumentou em 13,43% o peso das obrigações soberanas em carteira, face a setembro.
A nível geográfico, a alocação da componente acionista viu o peso da alocação média a ações da América Latina aumentar ligeiramente de 0,95% para 1,25%. No caso da Ásia Emergente foi registado o segundo valor mais baixo desde o início de 2018 (3,97%).
No mês que inicia o último trimestre do ano, o segmento obrigacionista viu o peso dos ativos da região da Europa Desenvolvida aumentar 4,61%, o que se traduz no maior aumento desde o início do ano. O Santander Private foi aquele que mais contribuiu para este aumento já que praticamente duplicou o peso das obrigações soberanas desta geografia.