O último negócio no Brasil, no âmbito dos fundos estatais, foi realizado entre a empresa Temasek, empresa de investimentos do governo de Singapura, e a produtora de papel brasileira Klabin. Em parceria com o grupo Ligna, a empresa comprometeu-se a investir até 550 dólares em debêntures conversíveis (obrigações convertíveis) em ações da entidade.
Este é um exemplo do que tem acontecido no Brasil. De forma indireta, bancos como o Santander, BTG Pactual têm recebido investimentos estatais vindos de países como o Qatar, China e Singapura.
2008: primeiro fundo soberano no Brasil
Os fundos soberanos começaram ter maior sucesso a partir da crise de 2008, quando adquiriram grandes participações em bancos americanos com alguns problemas. Precisamente nessa altura o Brasil criou o seu primeiro fundo deste género, que acabou por ser usado apenas para adquirir ações do Banco do Brasil e da Petrobas.
Um dos primeiros grandes negócios neste âmbito aconteceu em 2010 quando os fundos da China (CIC), Singapura (GIC) e de Abu Dhabi (Adia) integraram o consórcio de investidores que capitalizou o BTG Pactual em 1,8 mil milhões de dólares em troca de uma participação de 18,5%.
No princípio de novembro a Qatar Holding, unidade de investimentos diretos do fundo do Qatar, converteu 2,72 mil milhões de dólares em ações do Santander Brasil e passou a deter 5,2% do capital do banco.