Entre abril e junho, o segmento de fundos de pensões não evolui da forma mais favorável. No entanto, a Futuro conseguiu ser a entidade em destaque no período.
O segundo trimestre do ano não foi dos melhores para os fundos de pensões nacionais. As informações da APFIPP, constantes do relatório trimestral dos Fundos de Pensões, mostram que a indústria se reduziu 3,4% comparativamente com o final do trimestre anterior, para os 17.506,2 milhões de euros, no final de junho.
Em prazos mais longos as notícias são mais positivas. Desde o início do ano os ativos sob gestão deste segmento de negócio aumentaram 2,3%, enquanto que nos últimos 12 meses se registou uma subida de 10,9%.
No que diz respeito às sociedades gestoras de pensões as mudanças são pequenas. A entidade com mais património sob gestão continua a ser a Ocidental Pensões (anteriormente designada de Pensõesgere) com 4.947,6 milhões de euros volume gerido, o que representa uma quota de 28,3%. Segue-se a CGD Pensões, que no final de junho apresentava 3.343,5 milhões de euros de montante sob gestão e uma quota de 19,1%. O terceiro lugar nesta fotografia das maiores gestoras é preenchido pela BPI Vida e Pensões, com 2.392,3 milhões de euros e uma quota de mercado de 13,7%.
Futuro: a grande protagonista do trimestre
Num trimestre em que praticamente todas as gestoras de pensões tiveram uma variação negativa, há um nome a destacar. A Futuro foi a única gestora de pensões a crescer entre abril e junho e, por isso, foi claro a entidade que mais cresceu em termos percentuais e absolutos.
No segundo trimestre a Futuro cresceu 0,6%, vendo o seu património avançar 8,3 milhões de euros para os 1.360 milhões de euros de ativos sob gestão. A quota de mercado da gestora no final de junho era de 7,8%, e quando olhamos para os meses decorridos de 2015 verificamos que a gestora já viu o seu património aumentar 5,5%.
No ano de 2014, as contas da entidade reveladas recentemente, mostraram que o crescimento da entidade foi de 11%, enquanto que as rendibilidades, em termos médios, se situaram acima dos 8%, no ano transacto.
BPI Vida e Pensões e CGD Pensões em destaque desde o início do ano
Desde o início do ano, por outro lado, a gestora que mais cresce em termos percentuais é a BPI Vida e Pensões, enquanto em termos absolutos o maior incremento cabe à CGD Pensões. De janeiro a junho a BPI Vida e Pensões já avançou 6,4% (143,6 milhões de euros), ao passo que a CGD Pensões cresceu 172 milhões de euros no período (5,4%).

Fonte: APFIPP, dados de final de junho