Gestão coletiva de ativos caiu mais de 20% em dois anos

Ases
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Além da Gestão Individual de Ativos, a CMVM também mostra a evolução no segmento de Gestão Colectiva de Ativos. Segundo a última publicação do regulador, relativamente ao final do segundo trimestre deste ano, o segmento da Gestão Colectiva de Ativos fechou o período com um valor gerido de 28.877,1 milhões de euros, “menos 3,7% do que nos primeiros três meses e menos 11,7% do que no período homólogo de 2015”, segundo revela a CMVM. Realce-se que para estas contas entram os organismos de investimento coletivo em valores mobiliários (OICVM), os fundos de investimento alternativo (FIA), os fundos de investimento imobiliário (FII), os fundos especiais de investimento imobiliário (FEII), os fundos de gestão do património imobiliário (FUNGEPI) e ainda os fundos de titularização de créditos (FTC).

Nos últimos doze meses a categoria que menos decresceu foi a dos OICVM. No mês de junho o valor total era de 8.369 milhões de euros, menos 5% do que o registado em igual  mês do ano passado. Do lado contrário, a maior descida aconteceu nos FUNGEPI, que nos mesmo período decresceu mais de 26% para 569 milhões de euros.

Maior queda a dois anos

Se se aumentar o espectro de análise para o período de dois anos, então as quedas são maiores na maior parte dos casos. Em termos acumulados, o valor total decresceu quase 22%, passando de 36.977 milhões em junho de 2014 para 28.877 milhões de euros em junho passado.

Em termos de segmentos do mercado, os OICVM continuam a ser aqueles que menos valor perderam, num total de 4%. Em termos monetários o decréscimo foi de 371 milhões de euros. Do lado oposto surgem agora os FIA, com uma perda de quase 50% do valor em dois anos: passaram de 4.759 milhões para 2.426 milhões de euros.

Evolução dos ativos sob gestão coletiva

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Fonte: CMVM