A gestão individual de ativos nacional fechou 2020 abaixo de forma. Ao contrário da gestão coletiva de ativos que conseguiu recuperar do “embate” da pandemia, fechando 2020 a crescer quase 6%, a gestão individual de ativos ressentiu-se.
De fato, os números da CMVM mais recentes mostram que a vulgarmente conhecida gestão de patrimónios registou uma variação anual de quase -22% nos montantes geridos. Contudo, apesar de ter fechado o ano longe do patamar dos 60 mil milhões de euros geridos, o segmento conseguiu estabilizar os valores geridos muito próximo dos 50 mil milhões de euros.
Gestão de ativos em 2020
O "bolo" total da gestão de ativos em Portugal sofreu, claro, por via desta redução na gestão de patrimónios. O montante que se gere em Portugal – na gestão individual e coletiva – derrapou dos 86.757 milhões de euros no final de 2019 (valores corrigidos), para os 75.191 milhões no fecho de 2020.
OICVM de vento em popa
A gestão coletiva, por seu lado, inverteu a tendência, pelo menos ao nível dos OICVM. Estes fecharam o ano com ativos record de 2010 , tocando nos 14.400 milhões de euros. Se no final de 2019 os OICVM valiam cerca de 14% do total da gestão de ativos nacional, um ano depois essa preponderância elevou-se para mais de 18%.
No caso do montante gerido pelos fundos imobiliários, a tendência foi difusa. Os FII e os FUNGEPI conseguiram crescer em termos anuais, enquanto que os FIA e os FEII tiveram quebras no ano de 2020.
Fundos estrangeiros distribuídos crescem
Ao nível do valor comercializado em Portugal em fundos estrangeiros, por outro lado, a CMVM dá conta de uma evolução. Tanto em termos trimestrais, como anuais, o valor que é comercializado nestes veículos cresceu. De fato, no final de 2020 estava cada vez mais próximo dos 5.000 euros. Em breve dar-lhe-emos conta das entidades que se destacam nesta comercialização.