Continua a ser o segmento predominante da entidade, e o único que conseguiu contribuir para o crescimento dos ativos geridos no ano de início de pandemia.
A Montepio Gestão de Activos fechou o exercício de 2020 com resultados negativos. Ainda assim, representaram uma melhoria face ao ano anterior, como explicam no seu mais recente relatório e contas do ano passado. Registaram então resultados brutos negativos de 141.522 euros, uma melhoria de 34,5% face a 2019.
Como expressam no documento, em 2020 manteve-se a inexistência de “comissões de gestão variáveis”. Referem que tal foi resultado “das rendibilidades obtidas”. “Apesar de positivas, ficaram abaixo dos referenciais de comparação”. Contudo, a gestora justifica que “os valores de rendibilidade registados no ano de 2020 foram atrativos tendo em conta o enquadramento de grande instabilidade”.
Ativos cresceram apenas na gestão de carteiras
No que toca aos ativos sob gestão o ano foi de crescimento, na análise do todo. A entidade reporta um crescimento de 3,6%, atingindo os 1.765,7 milhões de euros de AuM. Evidenciam no entanto o contributo positivo do segmento de gestão de carteiras, que teve um crescimento de 6,1%. Terminou o ano nos 1.607,1 milhões de euros.
Em sentido inverso, como visível, os fundos mobiliários decresceram 16,2%. Devido a este decréscimo nos ativos geridos, a entidade, como realçam, perdeu um lugar no ranking das maiores gestoras. Fechou então o ano de 2020 em 7º lugar.
Comissões crescem
De fato, a gestão de carteiras, como já visto, continua a ser o peso pesado da entidade. Em 2020, escrevem, este segmento de atividade continuou a estar fundamentalmente concentrado nos clientes institucionais: fundos de pensões e PPR.
Embora as comissões variáveis, como referido em cima, não tenham sido cobradas na gestão de carteiras, as fixas cresceram no período, no caso 5,1%, cifrando-se em mais 58 mil euros. O mesmo aconteceu com as comissões dos FIM. Avançaram no ano 1,2%, mais 16 mil euros do que no ano anterior.