Gestão discricionária cresce 13,5%, em Portugal, nos últimos quatro anos

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stick_kim, Flickr, Creative Commons

No final do terceiro trimestre deste ano, o valor dos ativos sob gestão individual ascendia a 62.520 milhões de euros, um valor mais baixo em 0,2% quando comparado com o trimestre anterior, revela a CMVM no seu relatório sobre o segmento de gestão de ativos. Face ao mesmo período do ano passado, a diferença é de 3,6%. Alongando o prazo de análise, verificamos que nos últimos quatro anos o valor cresceu em 13,5%, o que equivale a dizer que o montante cresceu praticamente 7.500 milhões de euros.

De acordo com a CMVM, “os valores mobiliários cotados e as unidades de participação representavam 79,9% das aplicações”, enquanto o segmento de ações nacionais totalizava 1.052,3 milhões de euros. Relativamente às aplicações em obrigações emitidas por entidades nacionais, o valor somava mais de 2.384 milhões de euros, enquanto que a dívida pública nacional ascendia a 17.543 milhões de euros sendo, assim, a aplicação com mais peso em carteira.

Evolução dos ativos sob gestão

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Fonte: CMVM no final de setembro de 2016. Valores em milhões de euros.

Quais as maiores entidades?

A CMVM mostra que existem, em Portugal, cerca de quatro dezenas de entidades que gerem patrimónios. A maior é a Caixagest, que no final de setembro, registava um património que ascendia a mais de 22.107 milhões de euros. Existe, mais uma entidade, que ultrapassa a fasquia dos 10.000 milhões de euros: a BMO Global Asset Management. No final do trimestre passado os seus ativos sob gestão ascendiam a 13.108 milhões de euros.

A GNB Gestão de Ativos e ainda a BPI Gestão de Ativos são as suas entidades que se seguem, ficando na casa dos 6.000 milhões de euros, deixando mais longe as restantes entidades que superam o montante de mil milhões de euros.

As entidades com mais de 500 milhões de euros

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Fonte: CMVM no final de setembro de 2016. Valores em milhões de euros.