O lançamento de novos produtos por parte da BPI Gestão de Activos (BPI GA) e da Espírito Santo Activos Financeiros (ESAF) será considerado, na actual conjuntura, no sentido de aproveitar oportunidades específicas que surjam.
“A actual oferta de produtos de acções é suficientemente alargada para permitir aos nossos clientes investirem nos principais mercados accionistas globais”, referiu Virgílio Garcia ‘executive board member’ na BPI GA, na entrevista para a segunda edição especial da revista Funds People Portugal. Contudo afirmou estarem “atentos a diversas situações de nicho” que procurarão “aproveitar de forma oportunística através do lançamento de fundos fechados e com prazo de investimento perfeitamente conhecido”.
Na ESAF, nesta fase, e também por causa da nova regulação, está a ser estudada, “de um modo alargado, toda a oferta” referiu Pedro Costa, ‘chief investment officer’ na gestora. De modo geral, sublinha, “num contexto de taxas directoras muitíssimo baixas e num contexto financeiro muito diferenciado entre países da UE, acreditamos que o investimento em activos nacionais se deveria manter em níveis elevados”. Factores que “ainda é cedo para dizer” se continuarão a reflectir-se na política de alocação de activos ou se leverão à constituição de novos fundos, acrescentou.
Relativamente ao trabalho das equipas de gestão, na BPI Gestão de Activos, a equipa de gestão de acções, tal como a de gestão de obrigações, tem analistas próprios “que trabalham em estreita colaboração com os gestores de carteiras”. A equipa de análise “produz todo o tipo de modelos necessários à avalição dos diferentes casos de investimento”, referiu Virgílio Garcia. Os analistas de casas externas são também utilizados, acrescentou, “no sentido de obter outras opiniões sobre os assuntos em análise”.
Pedro Costa refere que, no caso da ESAF, as equipas de gestão estão organizadas como analistas/gestores e que cada pessoa mercado/sector económico e é responsável pela gestão de um ou mais fundos. Para execução deste acompanhamento que é feito e da análise, “são usados meios internos e ‘inputs’ de ‘research’ externo, por forma a ajudar o gestor na sua tomada de decisão do nível ‘bottom up’ de selecção de activos e construção das carteiras de investimento”, acrescenta o ‘chief investment officer’ da gestora.