Robot Advisor: o que são e porque cresceram tanto
A história dos robot advisor tem pouco mais de dez anos. Nasceram nos EUA, em 2010. Por exemplo, em Portugal em 2019, a DWS e o Banco Best uniram-se num projeto de robot advising que junta o melhor de dois mundos: uma solução de gestão discricionária que automatiza o que é automatizável, mas que mantém a relevância do fator humano onde este acrescenta valor. Apesar da sua história ser recente, os robot advisors ganharam uma quota de mercado de uma maneira impressionante. Ainda que os EUA seja o local onde o sucesso tenha sido significativo com grandes gestores automatizados com o Betterment e o Wealthfront, que gerem milhões de dólares, na Europa a tendência é mais do que positiva. O que são quais as suas vantagens? Analisamos o potencial de crescimento destes gestores automatizados.
O que são robot advisors
A tradução para português seria “gestores automatizados”. O que quer dizer? Os robot advisors são entidades que oferecem um serviço de gestão de carteiras de investimento mediante o uso da tecnologia e processos automatizados. Que consequências tem para a gestão de ativos? Nem mais nem menos do que a democratização do investimento como consequência das baixas comissões. Explica-o Giorgio Semenzato, CEO e co-fundador da Finizens: “A chegada dos robot permitiu oferecer a qualquer pessoa, independentemente do seu património ou conhecimentos financeiros, as vantagens de uma solução de investimento a longo prazo que até agora foi reservada exclusivamente a investidores da ultra banca privada":
Composição das carteiras dos robot advisors
As carteiras dos robot advisors costumam estar compostas por fundos de investimento indexados, ETF... O que permite oferecer uma exposição globalmente diversificada a custos muito baixos.
Principais vantagens dos robot advisors
Uma das principais é que a que já mencionámos. As baixas comissões são um dos seus pontos fortes. Porque o podem permitir? Também o comentámos anteriormente. A composição da sua carteira é uma das suas causas. Trata-se de produtos de gestão passiva: ETF, fundos indexados que em contraste com produtos ligados à gestão ativa são mais baratos.
A gestão automatizada que o robot advisor realiza do património investido também é uma vantagem quando o investidor final não tem de levar a cabo um controlo dos investimentos. Além disso, o investimento costuma ser muito baixa em comparação com a de alguns fundos de investimento tradicionais.
Não obstante, também é preciso ter em conta que a carteira que cria o robot advisor é criada a pensar no perfil de risco do investidor, mas a última decisão sobre em que ativos investir é do gestor automatizado. Isto também pode fazer com que a curto prazo se produzam rentabilidades que não são as esperadas pelo investidor, mas o objetivo final dos robots advisor é ser rentáveis a longo prazo.
O investimento através de robots advisor está totalmente garantida já que é supervisionada pelas entidades competentes.
Qual é o perfil de quem investe em robot advisor
Segundo a Indexa Capital, a maioria são homens (77%), ainda que a percentagem de mulheres esteja a crescer. A faixa etária está entre os 25 e os 55 em 81% dos casos; e com formação superior (76%). Relativamente ao capital investido, 80% tem menos de 100.000 euros em investimentos líquidos.
Que futuro têm os gestores automatizados
Apesar de o montante gerido pelos robor advisors ainda represente uma pequena parte do que se gere em fundos de investimentos e pensões... O seu futuro tem potencial. Segundo a Indexa Capital, o crescimento do mercado total dos gestores automatizados é superior a 100%. Segundo projeções da Finizens, a quantidade de dinheiro investido em produtos indexados deverá alcançar um património de 300.000 a 400.000 milhões de euros no médio prazo na Península Ibérica.