O mercado está neste momento focado em dois assuntos de primordial importância: As negociações entre a Grécia e os seus credores e a evolução da economia americana e as suas implicações na política monetária seguida pela Reserva Federal.
Os últimos dias foram de informação e contra-informação no que à Grécia diz respeito.
De manhã Tsipras anunciou que o acordo estava a começar a ser redigido. Ao final da tarde a Comissão Europeia anunciou apenas que se tinha dado um pequeno passo nas conversas técnicas sobre o IVA, mas que o acordo ainda está longe de ser alcançado, opinião reforçada pelo ministro das finanças alemão, Wolfgang Schauble, que diz que o avanço registado era diminuto.
Parece claro que os gregos tentem a todo o custo chegar a acordo antes do dia 5 de junho, quando o primeiro pagamento de quase 1.600 milhões de euros ao FMI deve ser concretizado, mas o mercado não está seguro que tal vá acontecer.
A recuperação do Euro, depois de ter atingido os 1.0819 face ao Dólar, pode ser entendido como uma tomada de mais-valias e não o convencimento por parte do mercado em como as partes vão chegar a acordo.
No outro lado da equação, os dados macroeconómicos americanos aparentam uma melhoria apesar da subida verificada hoje nos pedidos de subsídio de desemprego.
No Reino Unido, Cameron inicia um périplo pelos quatro países e o foco deverá passar pela permanência ou não na União Europeia através de um referendo. A recente subida da Libra, na ressaca das eleições, parece limitada com a promessa de cortes com impacto no consumo interno.
(imagem: ►CubaGallery, Flickr, Creative Commons)