Os ativos geridos pelo Grupo CGD caíram mais de 2% nos último doze meses, com a Gestão de Patrimónios a ser o segmento que mais contribuiu para o valor sob gestão.
A Caixa Geral de Depósitos foi a mais recente entidade nacional a apresentar os seus resultados referentes ao primeiro semestre deste ano. De acordo com o comunicado enviada pela entidade à CMVM, nos primeiros seis meses do ano obteve um resultado líquido negativo na ordem dos 205 milhões de euros, depois de ter registado lucros no mesmo período do ano passado. O banco público justifica estes números, com os resultados negativos nas operações financeiras, que foram “influenciados pela elevada volatilidade sentida nos mercados financeiros internacionais, incluindo a dívida pública, associada ao referendo do Reino Unido sobre a permanência na União Europeia”.
Montantes sob gestão em queda
No final de junho, o Grupo CGD tinha mais de 28.207 milhões de euros em ativos sob gestão – juntando os fundos mobiliários, imobiliários, de pensões e ainda a parcela de gestão de patrimónios. Este último segmento é o maior no Grupo CGD com o valor sob gestão a situar-se em 19.636 milhões de euros, menos 1,7% do que o registado no final do mês de junho de 2015.
Os fundos mobiliários fecharam o primeiro semestre com quase 4.000 milhões de euros, menos 6% do que o registado no mesmo período do ano passado, enquanto que a descida nos fundos de pensões foi de 0,8% para mais de 3.300 milhões de euros. Nos fundos imobiliários a queda foi de 10% para quase 1.300 milhões de euros.
Em termos totais, os ativos sob gestão desceram 2,6% no espaço de um ano, para o valor já mencionado de 28.207 milhões de euros. “A atividade de gestão de ativos no Grupo CGD, no decurso do primeiro semestre de 2016, foi marcada pela evolução adversa dos mercados financeiros, muito afetada pelo comportamento do sector bancário em Portugal, fruto da instabilidade dos mercados, das baixas taxas de juros, do aumento da aversão ao risco, bem como das incertezas em torno do futuro da Europa, que recrudesceram com o evento inesperado do Brexit”, justifica a entidade em comunicado.
Também as comissões brutas geradas por este segmento sofreram uma queda de 8% no primeiro semestre, face ao mesmo período do ano passado. No total foram quase 26 milhões de euros recebidos em comissões, com os fundos mobiliários a liderarem com mais de 10,6 milhões de euros. Já nos imobiliários as comissões foram de 6,4 milhões de euros, com a gestão de patrimónios a somar 5,8 milhões de euros. Relativamente aos fundos de pensões, as comissões brutas geradas somaram mais de 3,2 milhões de euros.