IMGA reforça as entidades distribuidoras em Portugal e a aposta na distribuição internacional

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Créditos: Vlad Rudkov (Unsplash)

Apesar do impacto que 2022 teve na generalidade da indústria de gestão de ativos e particularmente na IMGA, a entidade vê manter-se a sua segunda posição no ranking das sociedades gestoras em Portugal, fechando o ano com 28 fundos de investimento mobiliário e uma quota de mercado de 21,1%, como fica evidente no relatório anual de 2022. No segmento de capital de risco, no final de 2022 e entidade tinha cinco fundos registados, dos quais três já se encontram em atividade.

Foi um ano marcado por algumas novidades. Por um lado, a gestora aumentou a sua rede de distribuição de fundos em Portugal para oito entidades financeiras - os distribuidores mais recentes são o Bison Bank, Banco Invest, BIG e Banco BEST -, e prevê que o “número de redes aderentes possa continuar a incrementar durante os próximos anos, não só em Portugal, mas também nos países nos quais passará a distribuir os fundos por si geridos”. Neste âmbito, a IMGA havia avançado para o pedido de passaporte comunitário e tem já autorização por parte da Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV) para iniciar a distribuição de fundos no mercado espanhol. Foram incluídos neste processo os fundos  IMGA European Equities, IMGA Iberia Fixed Income ESG, IMGA Money Market, IMGA Global Equities Selection, IMGA Iberia Equities ESG e IMGA Ações América.

Complementarmente, a entidade divulga que se promoveram “os necessários processos para iniciar a distribuição direta dos fundos em reconhecidas plataformas internacionais, devendo este processo ser formalizado no início do ano de 2023”.

Já no que se refere a novos lançamentos e como resultado do aumento das taxas de juro no mercado, a IMGA indica que “manterá o foco na disponibilização de fundos a termo certo”.

Finalmente, o ano de 2022 foi marcado pelo reforço “particularmente significativo” dos recursos técnicos e humanos “por forma a assegurar o cumprimento dos requisitos normativos, nomeadamente em relação ao investimento socialmente responsável e critérios ESG, bem como relativamente à ampliação de atividades”, revela a entidade.  

Comissões

As comissões de gestão cobradas pela aumentaram globalmente 14% no ano para os 10,42 milhões de euros, “destacando-se o crescimento na generalidade dos distribuidores e a consolidação do recurso a novos distribuidores”.

As comissões de comercialização referentes ao desempenho dos distribuidores, por seu lado, cresceram mais de 50% para os 1,63 milhões de euros.

No ano, a entidade gestora atingiu um resultado líquido de  1,94 milhões de euros, que compara com 1,87 milhões no período homólogo do ano anterior, num acréscimo de 3,9%.