Indústria de fundos brasileira recupera fôlego em fevereiro

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Gijlmar, Flickr, Creative Commons

O início de 2014 não foi o melhor para a indústria de fundos brasileira. Depois de o mês de janeiro ter ficado marcado por um resgate líquido de 12,3 milhões de reais, fevereiro foi um mês de “benesse” para o sector. Os últimos dados disponibilizados pela ANBIMA indicam que a indústria de fundos conseguiu uma captação líquida de 1000 milhões de reais no segundo mês do ano.

Os principais contributos para este avanço foram dados pelos fundos referenciados DI e pelos da categoria de curto prazo. Ambos são produtos que procuram acompanhar as variações das taxas de juro de curto prazo.

Ainda que este tenha sido um resultado positivo, no seu último boletim relativo aos fundos de investimento, a ANBIMA alerta que em comparação com os dois primeiros meses de 2013, o primeiro bimestre do novo ano ficou aquém das expectativas. Isto porque a captação líquida acumulada no ano continua com sinal negativo (-8,4 mil milhões de reais), mas também no que diz respeito aos fundos responsáveis por captações positivas.

Em 2014 os fundos referenciados DI e os de curto prazo em conjunto com os fundos multimercados juros e moedas concentraram 82% dos ingressos no período, enquanto em 2013 os fundos de renda fixa índice, curto prazo e renda fixa, lideraram as captações com quase 70% do total do período. A ANBIMA indica que tal mudança está associada ao aumento de volatilidade no mercado de juros e câmbio, que teve início no ano passado e que se continua a verificar em 2014.