Investidores particulares reforçam posição nos fundos de investimento nacionais

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Dados do final de 2020 do Banco de Portugal mostram que os investidores particulares viram as suas posições significativamente reforçadas em fundos de investimento nacionais.

Assim, do valor líquido global das UP dos fundos de investimento, na ordem dos 28,7 mil milhões de euros (mobiliários e imobiliários), os investidores particulares detinham cerca de metade. Deste modo, falamos de 14,3 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 1,2 mil milhões de euros em 2020.

Assim, esta é uma posição que se viu reforçada em termos relativos. Isto num ano em que o volume de ativos detidos por sociedades de seguros e fundos de pensões e os detidos por Instituições financeiras monetárias se mantiveram praticamente inalterados (2 mil milhões de euros e 5,5 mil milhões de euros, respetivamente). Os investidores não residentes detinham, segundo o BdP, 2,5 mil milhões de euros em ativos de fundos nacionais. Trata-se de um crescimento de 0,4 mil milhões de euros.

No global, verificou-se um aumento de 1,2 mil milhões de euros de unidades de participação emitidas face a dezembro de 2019. "Este aumento foi principalmente justificado por fundos de obrigações, fundos mistos e fundos de ações, que cresceram 945 milhões de euros, 393 milhões de euros e 203 milhões de euros, respetivamente", indicam .

A desagregação do património dos fundos por classe de ativos mostra ainda que o peso dos títulos de capital e dívida estrangeiros aumentou significativamente . Por outro lado, os ativos investidos em títulos nacionais mantiveram-se relativamente inalterados ou em ligeiro decréscimo. Aliás, esta é uma tendência que se vinha já a verificar desde 2016 como patente no gráfico abaixo.