Investimento em imobiliário comercial cresce 106% no segundo trimestre do ano em Portugal

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frederickCH, Flickr, Creative Commons

Segundo dados da consultora imobiliária Jones Lang LaSalle (JLL), o investimento em imobiliário comercial em Portugal, no segundo trimestre deste ano, ascendeu aos 651 milhões de euros, valor esse que quase duplicou face ao período homólogo no ano passado (315 milhões de euros) e que cresceu cerca de 83% face ao trimestre anterior (356 milhões de euros). Após uma descida de 37,5% durante o primeiro trimestre, a boa performance registada neste segundo semestre impulsionou o volume de investimentos para mais de 1.000 milhões de euros no primeiro semestre do ano, segundo o que foi apurado pela JLL.

Pedro Lencastre, director geral da JLL, destaca que “o mercado teve um volume de investimento recorde no primeiro semestre e, mesmo assim, tudo indica que o melhor do ano ainda está para vir”.

Por sua vez, o investimento estrangeiro aumentou novamente o seu peso no mercado, “sendo o responsável por 90% do volume investido no semestre”, (902 milhões de euros) afirma a JLL. Uma percentagem que cresceu 5% face ao fim de 2016 (1254 milhões de euros). Relativamente ao perfil de investidor, o destaque vai para os fundos de investimento com um total gerado de 856 milhões de euros (85% do total). Os restantes 150 milhões, estão divididos pelas quotas dos investidores institucionais (9,5%), dos REITs (4%) e dos family offices (capital privado – 1,5%) .

Ainda de acordo com o estudo desenvolvido pela consultora, o segmento do retalho foi aquele que registou valores mais significativos, atingindo 40% do capital investido. No entanto, o imobiliário industrial e de logística recebe um especial destaque, pelo aumento da quota registado no total investido de 3% (ano passado) para 30% no primeiro semestre de 2017.

Fernando Ferreira, Head de Capital Markets da JLL, comenta que “no geral, o mercado está ainda mais ativo do que em 2016, com maior diversidade de players e mais liquidez disponível, o que quer dizer também que as oportunidades, principalmente as prime, vão começar a escassear e a gerar muito mais competitividade junto dos compradores. Tendo em conta os negócios em pipeline e o volume de capital estrangeiro que está a selecionar o nosso mercado, vamos ver, no 2º semestre, um maior alargamento do espectro de negócios, quer em termos de localizações quer em tipo de ativos”.